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2 erros de iniciantes na hora de investir – e como evitá-los

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Resumo – Será que você está caindo em armadilhas ao investir? Descubra dois erros que podem estar sabotando seus resultados.

 

Quando começamos a investir, é natural sermos atraídos por algumas máximas populares, como “Compre na baixa e venda na alta”. Mas a realidade é mais complexa do que parece, e seguir essas máximas sem entender o contexto pode levar a decisões precipitadas. 

Neste artigo, vamos abordar dois erros comuns que muitos iniciantes cometem ao investir e explicar como evitá-los.

 

1. Achar que um ativo cujo preço caiu está obrigatoriamente “barato”

 

Um erro clássico é acreditar que, se um ativo passou a ser negociado em níveis de preços mais baixos recentemente, ele automaticamente ficou barato e vale a pena comprá-lo.

No entanto, o fato de o preço de uma ação ter caído não garante, por si, que esta seja uma boa oportunidade de investimento. 

Para decidir se um ativo está, de fato, barato, você precisa ir além do preço atual e se aprofundar nos indicadores da empresa e no contexto do mercado em que ela está inserida.

Por exemplo, uma empresa pode ter passado por problemas internos, mudanças na gestão ou até enfrentar uma crise no setor em que atua. O que pode parecer uma “promoção” pode ser, na verdade, um reflexo de problemas estruturais que continuarão a impactar o desempenho da empresa. 

Além disso, é importante acompanhar dados macroeconômicos – tanto nacionais quanto internacionais – que podem influenciar o ativo.

Antes de comprar na baixa, estude as demonstrações financeiras da empresa, analise seu histórico, entenda o cenário econômico do país e as tendências globais. Afinal, não é apenas o preço que importa, mas o valor real por trás do ativo.

 

Exemplo 1:

Imagine que você possui um posto de gasolina que, nos últimos meses, começou a operar no vermelho, acumulando prejuízos. Ele perdeu valor no mercado, e aparece uma oportunidade para você comprá-lo por um preço aparentemente baixo. A questão é: vale a pena comprá-lo só porque está barato?

A resposta correta depende de um estudo aprofundado. Será que o prejuízo é pontual e relacionado a uma crise passageira? Ou o setor enfrenta mudanças estruturais, como a queda na demanda por combustíveis fósseis? Comprar um ativo desvalorizado sem entender o contexto pode ser um erro perigoso. Um preço baixo não é garantia de que o negócio voltará a dar lucro no futuro.

Assim como no caso desse posto, antes de comprar um ativo em queda, analise os fundamentos e o contexto econômico. O ativo pode nunca se recuperar ou demandar um esforço muito maior do que o esperado para voltar a ser rentável.

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2. Achar que um ativo cujo preço subiu está “caro”

 

Outro engano comum é desistir de comprar um ativo apenas porque ele já subiu de preço. Muitos investidores evitam esses ativos por medo de que o crescimento tenha chegado ao fim. Mas é fundamental lembrar que um ativo valorizado não significa, necessariamente, que ele está caro.

Alguns papeis podem continuar em uma trajetória de crescimento por anos, especialmente se a empresa apresenta fundamentos sólidos e atua em setores promissores. 

Imagine que, anos atrás, alguém tivesse evitado comprar ações de grandes empresas de tecnologia por achá-las “caras”. Essas mesmas ações continuam a crescer até hoje, gerando retornos consistentes aos seus investidores.

O importante é analisar se há potencial de crescimento futuro. Uma empresa que está valorizada, mas possui um plano de expansão bem definido e opera em um mercado em crescimento, pode continuar subindo por muito tempo. 

Por isso, não descarte bons ativos só porque já subiram – estude e acompanhe as projeções de mercado.

 

Exemplo 2:

Agora imagine que você é dono de outro posto de gasolina, mas, diferente do primeiro, ele está prosperando. O movimento aumentou, e o lucro tem crescido mês a mês. Um comprador interessado se aproxima e oferece uma quantia elevada pelo seu posto. A tentação pode ser vender, achando que já é hora de realizar o lucro. Mas será que é mesmo?

A verdade é que, só porque o negócio está valorizado hoje, não significa que ele atingiu o máximo potencial. Se o setor de combustíveis ainda estiver promissor e o posto continuar a crescer, vendê-lo agora pode ser abrir mão de um fluxo de caixa ainda mais lucrativo no futuro.

Esse exemplo mostra que um ativo que subiu de preço não é necessariamente caro. O segredo está em avaliar se há espaço para mais crescimento. Não abandone boas oportunidades só por temer que o momento de valorização já tenha passado.

 

Conclusão

 

Investir não tem a ver apenas com seguir fórmulas prontas, mas sim com analisar e entender o mercado. O preço de um ativo hoje é apenas uma peça do quebra-cabeça. Tomar decisões baseadas em valorizações ou desvalorizações recentes pode levar a armadilhas.

A chave é equilibrar o seu julgamento com estudo e disciplina, analisando os fundamentos dos ativos e o cenário macroeconômico. Assim, você evita erros comuns e constroi uma carteira que se mantém protegida a longo prazo.

E aí, já cometeu algum desses erros ao começar a investir? Compartilhe nos comentários!

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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