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Resumo – entenda porque a forma como enxergamos nosso comportamento sobre finanças pode realmente afetar a nossa realidade, e veja como mudar esse panorama.
Por quê não conseguimos fazer o básico?
Se o conceito básico de finanças pessoais afirma que é importante guardar dinheiro para o futuro e evitar gastar mais do que se recebe, por que motivo, então, dentre milhões de pessoas inseridas na sociedade (com empregos estáveis), não conseguem aplicar estes princípios mais fundamentais?
Um ponto de vista já muito discutido entre os psicólogos é que acreditamos em falsos conceitos em relação a nossa vida financeira, e isso acaba nos colocando em uma armadilha.
Geralmente, esta armadilha vem disfarçada da crença de que nossas dificuldades financeiras têm origem em uma falha fundamental do nosso caráter, segundo a qual nossos comportamentos autodestrutivos na área de finanças pessoais são explicados pelo fato de sermos preguiçosos, burros, gananciosos, irresponsáveis ou, de alguma forma, defeituosos.
Bem, esta crença está errada! E psicólogo Brad Klontz explica o porquê:
Comportamentos financeiros autodestrutivos
Comportamentos financeiros autodestrutivos crônicos não são conduzidos por nossas mentes racionais. Eles se originam de forças psicológicas que estão fora de nossa percepção consciente, com raízes profundas em nosso passado.
Quando entendemos nossa neurobiologia, histórias pessoais e familiares e o impacto das lições que aprendemos sobre dinheiro ao longo de nosso desenvolvimento, nossos comportamentos financeiros – mesmo os mais destrutivos – fazem todo o sentido.
Na verdade, eles são previsíveis.
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Os três distúrbios financeiros
Problemas com dinheiro são incrivelmente comuns e geralmente são respostas a eventos estressantes da vida.
Distúrbios financeiros geralmente se manifestam de três maneiras:
- Repetindo padrões financeiros destrutivos aprendidos em nossa socialização inicial,
- Fazendo o oposto, muitas vezes de maneira exagerada e igualmente disfuncional, ou
- Saltando entre os dois extremos.
A Grande Mentira agrava o problema, fazendo-nos sentir profundamente envergonhados por nossa incapacidade de ter um relacionamento saudável com o dinheiro.
Concluímos que estamos sozinhos, que somos inúteis e/ou incompetentes e, assim, nos sentimos paralisados. Em vez de alguém que cometeu erros, acreditamos que somos um erro. Nossa vergonha tira o vento de nossas velas e nos diz para simplesmente desistir.
Afinal, se sou um caso perdido, por que tentar? A Grande Mentira nos mantém presos em uma armadilha emocional, em um ciclo vicioso de ação, retrocesso e desligamento.
Como sair dessa armadilha?
Reconhecer que nossos hábitos financeiros autodestrutivos podem ser explicados quando entendemos a nossa história e as crenças que internalizamos sobre dinheiro permite a reflexão sobre nossos erros financeiros com compaixão e graça.
Entender que nosso passado tem um impacto profundo e insidioso em nosso relacionamento com o dinheiro prepara o terreno para nossa transformação.
Nos dedicarmos a aprender mais sobre o tema é outro caminho que pode ser seguido. Existem conteúdos à disposição em inúmeros canais. É necessário revisar e filtrar esses conteúdos através de uma curadoria.
Curadoria é uma indicação especializada por quem você reconhece como fonte confiável. Para aqueles que vivem com outra pessoa, fazer esse processo a dois pode ser mais fácil. Criar uma acordo, um compromisso para melhorar na vida financeira e ajudar o outro também vai acelerar esse processo.
Veja também: cuidado com o que você pensa (vieses comportamentais)
Fonte
Texto traduzido de: Psychology Today – The Big Lie About Personal Finance
Por João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
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