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Resumo – Veja dicas que vão ajudar pessoas da geração Z a terem uma relação melhor com o próprio dinheiro.
Começar a organização das finanças pessoais não é um processo fácil, independentemente da idade.
Porém, pode ser especialmente desafiador para os jovens, que enfrentam uma vastidão de ofertas supostamente imperdíveis, desde produtos e serviços até experiências.
A tentação de seguir as tendências do momento é forte e atinge milhões de pessoas, especialmente integrantes da Geração Z, que possuem de 13 a 27 anos.
Cuidado com os descontroles
Diante de um cenário constante de endividamento das famílias e juros altos no Brasil, é comum que esses jovens, ao conseguirem um trabalho e melhorarem suas condições financeiras – mesmo que ainda não sejam totalmente independentes -, sintam a vontade de gastar boa parte do salário comprando coisas de seu interesse.
Pode ser válido comprar alguns dstes serviços e objetos de interesse, ainda que supérfluos, por uma questão que podemos chamar de “demanda repimida”, mas é preciso ter sabedoria e um bom controle financeiro para não se enrolar nas dívidas.
Driblando o consumismo
É fácil se deixar levar por hábitos consumistas. Vivemos em um mundo onde o acesso rápido a tudo pela internet é uma realidade. Essa agilidade pode ser positiva, já que nos permite obter informações a qualquer momento, mas também tem seu lado negativo.
A Geração Z, por exemplo, é bastante ativa nas redes sociais e, às vezes, passa a querer determinado produto cuja existência era desconhecida há poucos minutos, desembolsando altas quantias para adquiri-lo e sem maiores reflexões. Isso pode trazer sérias consequências para as finanças pessoais.
Quem controla suas finanças?
Dados de um estudo realizado em 2024 pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), apontam que 47% das pessoas da Geração Z que foram entrevistadas não realizam o controle das finanças pessoais.
Entre as justificativas, estão: não saber fazer (19%), sentir preguiça (18%), não ter hábito ou disciplina (18%) ou não ter rendimentos (16%).
Esses dados são preocupantes, pois a organização das finanças pessoais é fundamental para garantir uma vida financeira mais plena e consciente.
Por isso, é essencial que os pais e responsáveis comecem a ensinar os filhos sobre dinheiro desde cedo, respeitando a faixa etária para garantir a compreensão do tema.Essa atitude vai ajudar as crianças a ampliarem sua consciência e, assim, se tornarem jovens mais interessados em entender e controlar seus gastos.
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O primeiro passo para a sua organização financeira
Mesmo diante de eventuais dificuldades, o importante é dar o primeiro passo. Um planejamento financeiro não nasce da noite para o dia, é necessário ter dedicação para mantê-lo organizado e atualizado, vivendo na sua vida real o que você escreve no papel.
No entanto, saber o valor do seu dinheiro, quanto você gasta ou deixa de gastar, quanto você pode economizar, entre tantos outros fatores, vai te trazer uma enorme liberdade e uma melhor relação com as finanças.
Se a pessoa realmente conseguir criar o hábito de fazer um orçamento e de ter um controle formalizado, terá grandes chances de alcançar a chamada ‘felicidade financeira’.
O primeiro passo desse orçamento é saber exatamente o quanto se ganha e o quanto se gasta, pois é o principal para manter-se no caminho de uma vida financeira equilibrada.
Duas dicas adicionais para a sua organização financeira
Neste sentido, deixo a seguir mais duas dicas para ajudar a Geração Z com as finanças pessoais:
1. Em primeiro lugar, estabeleça metas financeiras de curto e longo prazo, como poupar para uma viagem ou investir em um curso, e direcione parte de sua renda para essas metas. Para ajudar a atingir estas metas, automatize seus investimentos, transforme o valor que você deseja guardar em um formato que você nem percebe que está separando e guardando – e sempre na mesma data que você recebe seu salário, honorários, pró-labore, etc.
2. Por fim, antes de qualquer compra, faça a si mesmo três perguntas: ‘Eu realmente preciso disso? Eu realmente quero? Eu realmente posso comprar este produto ou serviço?’. Essa reflexão ajudará a evitar gastos desnecessários e manter um equilíbrio saudável nas finanças.
Por João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
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