Os novos padrões de consumo no Brasil

Os hábitos e os padrões de consumo estão mudando rapidamente no mundo e, no Brasil, a situação não é diferente. Estamos com comportamentos mais práticos, sustentáveis, saudáveis e conectados. Neste texto, mostramos a você um olhar mais profundo sobre essas mudanças, e como elas impactam nossas vidas diariamente.

Os novos padrões de consumo no Brasil

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Resumo: os hábitos e os padrões de consumo estão mudando rapidamente no mundo e, no Brasil, a situação não é diferente. Estamos com comportamentos mais práticos, sustentáveis, saudáveis e conectados. Neste texto, mostramos a você um olhar mais profundo sobre essas mudanças, e como elas impactam nossas vidas diariamente.

 

Os hábitos de consumo dos brasileiros

 

Segundo a pesquisa Estilos de Vida 2019, conduzida pela Nielsen com mais de 21 mil pessoas, os padrões de consumo brasileiro estão mudando.

Inclusive, está mudado tanto que os perfis demográficos tradicionais (gênero, idade, nível socioeconômico, etc.) já não servem mais para definir e explicar totalmente os nossos padrões de consumo.

Os brasileiros estão mais sustentáveis, conscientes e buscando saúde, seguindo a tendência global. Vamos ver alguns dados interessantes:

    • 65% dos participantes da pesquisa informaram que não compram de empresas associadas a trabalho escravo;
    • 58% não compram produtos que testam em animais;
    • 42% estão mudando seus hábitos de consumo para reduzir o impacto no meio ambiente;
    • 35% buscam alimentos orgânicos; e
    • 30% olham os ingredientes que compõem os produtos.

Mas, com a recessão de 2014 (e as quedas de PIB nacional em 2015 e 2016), que impactaram os níveis de renda e emprego do país, a forma de consumir dos brasileiros também foi abalada:

    • 73% dos participantes informaram buscar primeiro pelas promoções quando entram em lojas;
    • 64% escolhem as marcas de acordo com o preço mais baixo;
    • 57% sempre mudam de loja conforme as promoções;
    • 48% pesquisam promoções antes de comprar;
    • 48% também levam listas do que comprarão;

Com relação à conexão com a internet, temos os seguintes dados:

    • 41% já fizeram compras pela internet – de 2018 para 2019, houve um aumento de 11% nas compras online.
    • 64% dos consumidores têm um smartphone;
    • 48% utilizam o celular para interações em redes sociais;
    • 39% usam o dispositivo móvel para entretenimento;
    • 51% acham que as propagandas online chamam atenção (contra 42% na TV);
    • 18% assistem a conteúdos online em seu tempo livre; e
    • 41% já fizeram compras via internet.

 

Entendendo os Resultados

 

Mas o que esses dados significam? Significam que os consumidores brasileiros estão mais negociadores, mais práticos e mais cautelosos para gastar dinheiro em um período de instabilidade econômica.

Segundo a pesquisa Retratos da Sociedade nº 50 – Perfil do Consumidor: práticas de consumo, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2013, apenas 63% dos consumidores esperavam promoções antes de comprar bens de alto valor; esse número subiu para 71% em 2019.

Além disso, apenas 65% pesquisavam sobre serviços de pós-venda, como garantia e manutenção, enquanto em 2019, esse número cresceu para 74%. A conclusão da pesquisa é de que, como a crise econômica faz as pessoas adiarem certas compras, tem-se a necessidade de fazer os bens durarem o máximo possível. Essa tendência aumenta conforme a renda: quanto menor for a entrada de dinheiro, maior o interesse nesse tipo de “benefício”.

A pesquisa também aponta que, para quase metade dos participantes, o fator mais importante na hora da compra é o preço; seguido da qualidade e da marca.

Enquanto os menos importantes são as propagandas, o design e a novidade, nessa ordem.

As somatórias não são iguais a 100%, pois os participantes podiam escolher mais de uma alternativa. Além disso, esses dados referem-se apenas aos 3 principais fatores; a pesquisa completa apresenta mais opções.

E você, já parou para pensar nas suas tendências e nos seus hábitos de consumo?

Esses dados refletem o seu comportamento na hora das compras? Convidamos você a fazer essas reflexões.

 

Veja também: Os novos padrões de consumo no mundo

 

Fontes

 

 

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais com ampla experiência no mundo corporativo, liderando unidades de negócios, equipes e transformado estratégia em prática por todas as empresas em que trabalhou. Liderou grandes negociações com instituições financeiras de grande porte, com impacto de bilhões de reais em faturamento e receita.

Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA – USP, professor de MBA do IBMEC, colunista da Investing.com, entre outras atividades.

Empreendeu em várias empresas como investidor, em paralelo com a vida executiva, e aprendeu com sucessos e fracassos nesse segmento.

Entendeu e aplicou a importância de ter equilíbrio financeiro ao longo de mais de 30 anos de investimentos em vários setores, com amplo sucesso. Fez 1 milhão de reais de patrimônio antes dos 30 anos de idade, e hoje divide esses aprendizados.

Para isso, criou e lidera a iniciativa A hora do dinheiro, com uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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