Resumo – Por que a moeda do Brasil se chama Real? Veja a história por trás dos nomes das nossas moedas ao longo do tempo.
Você já parou para pensar por que a moeda brasileira recebeu o nome Real? A escolha não foi por acaso: ela tem tudo a ver com a nossa história e também com um dos momentos mais decisivos da economia nacional.
Um pouco de história
No período colonial, o Brasil usava o real português, moeda oficial de Portugal desde o século XV.
O termo “real” vinha do latim regalis, que significa “real” ou “relativo ao rei”. Essa moeda acompanhou o país por séculos, até que mudanças econômicas e políticas exigiram novas denominações.
Mudanças ao longo do tempo
Em 1942, o real foi substituído pelo cruzeiro, e desde então o Brasil viveu uma verdadeira maratona de moedas. Cada mudança tentava conter a inflação e estabilizar a economia.
Passamos por nomes como cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, cruzeiro real… sempre na tentativa de retomar o poder de compra da população.
O Real que conhecemos hoje
O atual Real nasceu em 1994, com o Plano Real, que marcou o fim da hiperinflação.
A escolha do nome teve dois motivos principais:
- Tradição histórica: resgatar a denominação usada desde o período colonial.
- Simbolismo: transmitir a ideia de algo verdadeiro, concreto e estável, recuperando a confiança da população.
Esse simbolismo foi fundamental para que a moeda representasse mais do que papel: um novo ciclo de estabilidade econômica no Brasil.
Linha do tempo das moedas brasileiras
Para visualizar melhor essa trajetória, veja o caminho até chegarmos ao Real:
- 1500 – 1942 → Réis (moeda herdada de Portugal)
- 1942 – 1967 → Cruzeiro (primeira grande mudança moderna)
- 1967 – 1970 → Cruzeiro Novo (corte de três zeros)
- 1970 – 1986 → Cruzeiro (retorno ao nome “cruzeiro”)
- 1986 – 1989 → Cruzado (Plano Cruzado contra a inflação)
- 1989 – 1990 → Cruzado Novo (novo corte de três zeros)
- 1990 – 1993 → Cruzeiro (mais uma volta ao “cruzeiro”)
- 1993 – 1994 → Cruzeiro Real (moeda de transição)
- 1994 – hoje → Real (R$) — nossa moeda atual.
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As origens dos nomes de outras moedas famosas
Além do Real, outros países também batizaram suas moedas de formas curiosas, quase sempre ligadas à história ou à cultura local:
Libra esterlina
O nome vem da unidade de peso libra (equivalente a 0,45 kg). Já sterling era uma liga metálica usada na Idade Média, com 92,5% de prata. Assim, a libra esterlina significava originalmente “meio quilo de prata sterling”.
Dólar
O termo vem de thaler, palavra alemã derivada de Joachimsthal, o nome do vale onde a prata era minerada para fabricar moedas. Esse nome se espalhou pela Europa e acabou se tornando “dollar” em inglês.
Iene
No Japão, a palavra yen significa simplesmente “redondo”, em referência ao formato das moedas. Uma explicação simples, mas que traduz bem a ideia de praticidade no uso do dinheiro.
Conclusão
O nome da nossa moeda carrega tanto a história quanto o simbolismo da estabilidade econômica.
Mais do que uma questão de nomenclatura, o Real simbolizou a tentativa de colocar fim à inflação que corroía o Brasil. E até hoje, mesmo após décadas de desafios econômicos, ele continua representando a busca pela confiança no valor da nossa moeda.
E você? Lembra de todas essas mudanças ou só conheceu o Real?
Referências
Ipeadata (2025). Histórico das alterações das moedas nacionais. Disponível em: https://ipeadata.gov.br/iframe_histmoedas.aspx
Debit. (2025). Tabelas de moedas. Disponível em: https://www.debit.com.br/tabelas/moedas
Brasil Escola. (2025). Moedas do Brasil. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/moedas-do-brasil.htm
Superinteressante. (2023). Por que a moeda brasileira se chama Real?. Disponível em: https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/por-que-a-moeda-brasileira-se-chama-real
Por João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais com ampla experiência no mundo corporativo, liderando unidades de negócios, equipes e transformado estratégia em prática por todas as empresas em que trabalhou. Liderou grandes negociações com instituições financeiras de grande porte, com impacto de bilhões de reais em faturamento e receita.
Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA – USP, professor de MBA do IBMEC, colunista da Investing.com, entre outras atividades.
Empreendeu em várias empresas como investidor, em paralelo com a vida executiva, e aprendeu com sucessos e fracassos nesse segmento.
Entendeu e aplicou a importância de ter equilíbrio financeiro ao longo de mais de 30 anos de investimentos em vários setores, com amplo sucesso. Fez 1 milhão de reais de patrimônio antes dos 30 anos de idade, e hoje divide esses aprendizados.
Para isso, criou e lidera a iniciativa A hora do dinheiro, com uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
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