Sai de mim, tentação!

Não vou cair em tentação! Veja como podemos resistir às ofertas aparentemente "imperdíveis" para não fazermos as famosas compras por impulso.

Sai de mim, tentação!

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Não vou cair em tentação
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Resumo Não vou cair em tentação! Veja como podemos resistir às ofertas aparentemente “imperdíveis” para não fazermos as famosas compras por impulso.

 

Não vou cair em tentação!

 

Quando sentimentos negativos como tristeza, angústia e ansiedade batem à porta, muitas pessoas encontram nas compras uma potente válvula de escape às frustrações do dia a dia. Por outro lado, a tentação de pensarmos: “Mas eu trabalho tanto! Eu mereço este pequeno luxo!” também aparece quando estamos felizes. O perigo está quando transformamos estes comportamentos esporádicos em algo mais habitual. Então, se este pode ser o seu caso, o texto que nós escrevemos aqui pode te ajudar.

 

Sentimento de culpa após uma compra por impulso?

 

Eu tinha uma amiga que recebia a fatura do cartão de crédito no endereço do trabalho, na época em que ainda enviavam faturas pelo correio. Ela fazia isso para que o marido não soubesse das compras que ela fazia. Eu achava isso engraçado, e conversava com ela sobre o porquê daquele “segredinho”.

Ela mesma admitia que ia dar muito trabalho convencer seu marido da necessidade daquelas compras, onde muitas eram realmente por impulso. O que com certeza acontecia era uma certa “vergonha” por parte dela de não resistir e não conseguir se controlar.

Tem várias coisas que são importantes analisar nessa situação, mas eu gostaria de refletir um pouco sobre as compras por impulso. A compra por impulso é aquela que você faz quase em estado de transe.

Surge uma vontade incontrolável de comprar um item, e não há um discernimento para avaliar de forma racional se aquela decisão é correta, se há uma verdadeira necessidade, se aquele item terá utilidade no futuro, ou ainda se você realmente pode gastar esse dinheiro.

 

Justificando a pisada na bola

 

Muitos de nós já utilizamos a compra como uma forma de satisfação para compensar um momento de tristeza, frustração e angústia. Somos construídos com a ideia de que uma roupa nova ou um acessório da moda ajudam a pessoa a ficar mais bonita, a se sentir melhor, como uma “compensação”.

Ou o contrário: porque você está feliz, ou está celebrando e “está merecendo”.

O problema não está em você fazer isso de vez em quando, desde que tenha condições de fazê-lo, ou seja, que o dinheiro que você está gastando nessa compra não seja o dinheiro destinado a outro fim mais importante e você não faça uma dívida para isso.

O problema passa a ser quando você começa a fazer isso de maneira repetitiva, habitual, quase cotidiana, trazendo consequências para sua vida financeira e para você.

As iniciativas de marketing sabem disso e constroem as publicidades para criar esse efeito de desejo, de que você precisa de um certo produto para se sentir bem.

Mas o consumo desenfreado e inconsciente pode gerar um perigoso nível de endividamento, assim como uma grande bola de neve prestes a atingir em cheio sua vida financeira.

 

O que podemos fazer nessas horas?

 

Se você estiver percebendo que esse é seu caso, uma ajuda profissional talvez seja necessária.

Existem psicólogas e psicólogos especializados em casos assim. Falar, conversar e contar o que está acontecendo para uma pessoa que você gosta, respeita, e que também possa ajudar, é muito importante.

Prestar atenção aos próprios sentimentos e sensações e buscar ter autocontrole é um desafio para muita gente, mas, acredite em mim, pode ser um caminho de muita satisfação.

Perdi contato com minha amiga, mas espero que ela esteja mais controlada e que o cartão de crédito tenha sido revelado ao marido.

Uma família que divide as questões financeiras, tanto as boas como as ruins, tem mais chance de ser feliz e realizada.

 

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Cuidado com os descontroles!

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais com ampla experiência no mundo corporativo, liderando unidades de negócios, equipes e transformado estratégia em prática por todas as empresas em que trabalhou. Liderou grandes negociações com instituições financeiras de grande porte, com impacto de bilhões de reais em faturamento e receita.

Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA – USP, professor de MBA do IBMEC, colunista da Investing.com, entre outras atividades.

Empreendeu em várias empresas como investidor, em paralelo com a vida executiva, e aprendeu com sucessos e fracassos nesse segmento.

Entendeu e aplicou a importância de ter equilíbrio financeiro ao longo de mais de 30 anos de investimentos em vários setores, com amplo sucesso. Fez 1 milhão de reais de patrimônio antes dos 30 anos de idade, e hoje divide esses aprendizados.

Para isso, criou e lidera a iniciativa A hora do dinheiro, com uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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