Search
A hora do dinheiro logo

Sumário

Tamanho da fonte-+=
Tamanho da fonte-+=

Diferenças entre Renda Fixa e Renda Variável

Sumário

5 min para ler
Tamanho da fonte-+=
Getting your Trinity Audio player ready...
Pesky monkey / shutterstock

Resumo – Uma dúvida comum no início da jornada de investimentos é sobre a diferença entre o conceito de renda fixa e de renda variável. Estas duas modalidades apresentam características distintas, com vantagens e desvantagens próprias. A primeira tem maior previsibilidade de retornos e menor risco, enquanto a última oferece possibilidade de retornos superiores, com maior risco de perdas.

 

Principais diferenças entre renda fixa e renda variável

 

Basicamente, investimentos em renda fixa apresentam maior previsibilidade de retornos ao longo do tempo, o que é uma característica que fornece segurança e tranquilidade aos investidores, além de ser uma modalidade de investimento associada a um menor risco de perdas.

Por sua vez, os investimentos em renda variável apresentam menor previsibilidade de retornos ao longo do tempo, que dependerão, principalmente, do desempenho da economia do país, do setor em que determinada empresa está inserida, além da capacidade de gestão de cada companhia com ações negociadas em bolsa de valores. Por estarem expostos a uma maior quantidade de fatores que influenciam nos resultados das empresas, esta modalidade de investimento oferece maior risco de perdas, mas também um potencial mais elevado de retornos financeiros.

Deste modo, antes de iniciar sua jornada de investimentos, é importante conhecer mais profundamente cada classe de ativos para que os frutos de seu trabalho estejam distribuídos em produtos financeiros que sejam compatíveis com seu perfil de risco.

Pensando nisso, explicamos aqui abaixo as características de cada modalidade de investimento para você ter mais conhecimento e confiança na hora em que for investir.

 

O que é renda fixa?

 

Renda fixa é o nome dado a investimentos que possuem data de vencimento (data de resgate), taxa de rentabilidade determinada no momento da sua contratação e, muitas vezes, indexada a algum indicador da economia (taxa SELIC, CDI, IPCA são os mais comuns).

Por definição, são títulos de dívida, ou seja, quem investe em renda fixa passa a ser credor de quem se beneficia desse dinheiro e, dessa forma, tem o direito de receber a quantia emprestada com um adicional de juros ao final do período acordado.

Assim, a pessoa que investe em renda fixa consegue ter maior previsibilidade sobre seus ganhos, com baixo risco de crédito, desde que ela carregue o seu investimento até a data de vencimento (se for necessário sacar o dinheiro investido antes desta data, o valor recebido pode ser diferente do previsto, podendo gerar ganhos ou perdas, a depender, principalmente, da taxa SELIC do momento).

Investimentos em Renda fixa ainda possuem a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF – por instituição (com um teto de R$ 1 milhão por investidor e com validade de 4 anos) se seu dinheiro estiver na forma de:

  1. Depósitos à vista, como as contas-correntes;
  2. Poupança;
  3. Letras de Câmbio (LC);
  4. Letras Hipotecárias (LH);
  5. LCIs, CDBs e RDBs;

 

O Tesouro Direto tem garantia?

 

Agora você deve estar se perguntando: “E o Tesouro Direto?” “Será que ele tem essa garantia do FGC?”

A resposta é: NÃO. Mas, apesar disso, o investimento no Tesouro Direto é considerado o mais seguro da economia brasileira, porque tem a garantia do Tesouro Nacional.

Exemplos de Investimentos em Renda Fixa

Esses títulos podem ser emitidos para financiar atividades públicas ou privadas. O Tesouro Direto é o canal por onde nós podemos investir em renda fixa pública, isto é, emprestar dinheiro ao Estado brasileiro.

Empresas privadas também podem emitir títulos de dívida na forma de debêntures (para financiar projetos de investimento ou alongar dívidas), CDBs (Certificados de Depósitos Bancários – oferecidos por bancos), além de CRIs e LCIs (no mercado imobiliário), CRAs e LCAs (no mercado do Agronegócio).

 

Categorias de investimento em renda fixa

 

Você vai ver agora que os investimentos em renda fixa são classificados de acordo com as formas de remuneração de seu capital investido, que podem ser: pré-fixadas, pós-fixadas e híbridas.

 

Pré – fixados

São investimentos em renda fixa em que a taxa de remuneração já é conhecida no momento da contratação, não sendo alterada ao longo de sua existência.

Como exemplos, podem ser citados investimentos com percentual fixo de remuneração, independente dos índices futuros de inflação (como o IPCA e IGP-M), como CDB e Tesouro Prefixado.

 

Pós – fixados

Títulos pós-fixados são aqueles cuja taxa de remuneração acompanha indicadores da economia, como, por exemplo: taxa de juros, CDI, ou inflação (IPCA).

Eles têm esse nome (pós-fixado) porque o número exato do índice será conhecido apenas ao final do período de investimento, como o Tesouro Selic ou CDBs atrelados ao CDI.

 

Híbridos

Por último, os títulos híbridos – como o próprio nome sugere – são aqueles em que a remuneração do investimento é baseada nos dois modelos de rentabilidade: pré e pós-fixado.

Como exemplo, podemos citar o Título Tesouro IPCA +, que oferece o índice da inflação (pós-fixado) com mais uma taxa pré-fixada.

 

O que é renda variável?

 

Renda variável é o nome dado a investimentos cujos rendimentos não são conhecidos no momento da compra. Eles vão variar de acordo com as condições da economia como um todo, e também do setor onde determinada empresa está inserida.

Por serem investimentos sujeitos a um maior número de fatores que influenciam sua rentabilidade, geralmente apresentam um maior risco quando comparados à renda fixa. Dessa forma, podem apresentar retornos negativos ao longo do tempo. Por outro lado, também oferecem um maior potencial de valorização ao longo do tempo.

 

Exemplos de investimento em renda variável

 

Mostraremos para você os principais produtos de investimento disponíveis em renda variável. São eles: ações, fundos de investimento, moedas estrangeiras, commodities (matérias-primas, como ouro, trigo, soja, minério de ferro, petróleo, celulose), entre outros.

 

Ações

São o investimento mais conhecido em renda variável. Ao comprar uma ação de uma determinada empresa, você começa a fazer parte da sociedade deste empreendimento.

Dessa forma, passa a ter os mesmos direitos dos outros sócios, como o de receber proventos (lucros e dividendos em períodos positivos), assim como obrigações (como pagar impostos e declarar o tamanho de sua posição para a Receita Federal).

 

Fundos de Investimento

Fundos de Investimento são iniciativas onde uma pessoa (ou uma equipe especializada) fica responsável pela gestão dos recursos de seus participantes no mercado financeiro.

Apresenta vantagens para o pequeno investidor individual, por possibilitar maior diversificação em um número mais amplo de companhias, com um capital relativamente pequeno.

Suas cotas são negociadas em ambientes de bolsa de valores. Com relação à classificação, podem ser Fundos de Renda Fixa, Fundos de Ações, Fundos Multimercado, Fundos Cambiais, Fundos de Índices (ETFs) e Fundos Imobiliários (FIIs).

 

Moedas Estrangeiras (Câmbio)

Outra forma de se investir em renda variável é através do mercado de câmbio. Ele é fundamental para a economia globalizada porque permite que empresas que operam em vários países consigam comprar e vender bens, produtos e serviços nas moedas locais.

Também é um importante instrumento para famílias que possuem membros que moram ou trabalham no estrangeiro, permitindo a transferência de recursos entre países.

O investimento no mercado de câmbio está exposto à variação cambial da moeda (sempre com relação a outro par – uma moeda de outro país), podendo se valorizar ou se desvalorizar no período.

 

Commodities (matérias-primas)

O mercado de commodities (matérias-primas) permite a compra e venda de materiais básicos, como, por exemplo, trigo, milho, soja, proteína animal, petróleo, ouro, minério de ferro, entre tantos outros.

A pessoa que investe em matérias-primas está exposta às variações de oferta e demanda mundiais por determinado produto.

As matérias-primas, também chamadas de commodities, são produtos comuns, isto é, sem muita diferenciação de marca. Por exemplo: a soja produzida no interior do Mato Grosso não é tão diferente da soja produzida na Argentina ou na Tanzânia.

Deste modo, fica difícil que o produtor consiga um preço muito diferente por seu produto no mercado global.

 

Referências

 

  • CVM
  • Anbima
  • Tesouro Direto

 

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

Você também pode se interessar:

648 Visualizações
0Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *