Riscos e vantagens de se investir no exterior

Será que investir no exterior é realmente uma boa ideia? Entenda os pontos positivos e negativos dessa estratégia.

Riscos e vantagens de se investir no exterior

3 min para ler
Imagem: Pogocini - dreamstime
Getting your Trinity Audio player ready...
dreamstime s 35304037 pogonici min
Imagem: Pogocini - dreamstime

Resumo – Será que investir no exterior é realmente uma boa ideia? Entenda os pontos positivos e negativos dessa estratégia.



Ficou mais fácil investir no exterior?

 

Nos últimos anos, percebemos um forte crescimento do número de investidores pessoas físicas no Brasil, isso por conta do avanço tecnológico, redução de exigências burocráticas, aumento da concorrência entre as instituições e, dentre outros, o maior interesse mesmo.

O especialista em finanças pessoais e administrador de empresas, João Victorino, também destaca, conforme dados do Banco Central, o alto volume financeiro investido, por brasileiros, no exterior – e a ascensão das plataformas e corretoras nacionais que buscam oferecer acessos ao mercado estrangeiro. 

Mas, será que esse movimento é benéfico para o investidor brasileiro? João aponta as vantagens e as desvantagens de se investir no exterior. Confira: 

 

Vantagens: 

 

  • Diversificação geográfica: investindo no exterior, o brasileiro tem a possibilidade de acessar diferentes mercados, empresas e índices que não estejam atrelados a indicadores da economia brasileira. Isso pode funcionar como proteção ao investidor em relação ao nosso mercado que, sabemos, tem momentos de muita volatilidade. 

 

  • Acesso a empresas e a mercados globais: chance de investir em qualquer empresa de capital aberto no mundo, realizando de modo direto por meio da compra dos ativos nas corretoras com acesso a índices e bolsas estrangeiras e, também, a outros investimentos que existem nesses mercados – por exemplo renda fixa. “É importante lembrar que a nossa bolsa local oferece BDRs (recibos de empresas estrangeiras negociadas no Brasil) nos quais podemos investir com nossas contas em corretoras nacionais mesmo”, explica o especialista.

 

  • Menor exposição ao Real e ao risco-país: os investimentos não ficam mais tão dependentes dos acontecimentos internos relacionados à política e das decisões econômicas locais.

Veja o nosso último vídeo

Pontos de atenção: 

 

  • Avalie o investimento: o investidor que estiver pensando em alocar parte de seus recursos fora do país, não deve iniciar o movimento apenas porque a prática está na moda. “É preciso saber o que está fazendo, realizar a mudança sem estudar os motivos que o levam a fazer a escolha pode ser uma ideia arriscada. É importante fazer o investimento alinhado com sua estratégia de longo prazo e com seus planos, não somente investir no que está na moda”.

 

  • Estude a melhor época para se investir: no final de 2021, muitas pessoas propagavam a possibilidade de investir no exterior como algo naturalmente melhor e sempre mais seguro do que investir no Brasil. “Por isso é importante estudar a melhor época para “entrar neste barco”. O estudo e a capacidade independente de analisar notícias é muito importante: em 2021 estávamos em um momento de final de ciclo de alta das ações nos EUA, onde muitos ativos surfaram a onda de queda de juros para enfrentar os desafios da pandemia”, pontua o especialista. 

 

João aponta que é recomendável ao investidor que quer deixar parte de seu patrimônio em ativos no exterior começar a entender mais profundamente a dinâmica daquele ambiente. “Entendendo a dinâmica, você consegue ter mais confiança nas tomadas de boas decisões”. 

JV 2

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

Você também pode se interessar:

Fontes

  • FMI
  • Tesouro Nacional 
  • B3

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais com ampla experiência no mundo corporativo, liderando unidades de negócios, equipes e transformado estratégia em prática por todas as empresas em que trabalhou. Liderou grandes negociações com instituições financeiras de grande porte, com impacto de bilhões de reais em faturamento e receita.

Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA – USP, professor de MBA do IBMEC, colunista da Investing.com, entre outras atividades.

Empreendeu em várias empresas como investidor, em paralelo com a vida executiva, e aprendeu com sucessos e fracassos nesse segmento.

Entendeu e aplicou a importância de ter equilíbrio financeiro ao longo de mais de 30 anos de investimentos em vários setores, com amplo sucesso. Fez 1 milhão de reais de patrimônio antes dos 30 anos de idade, e hoje divide esses aprendizados.

Para isso, criou e lidera a iniciativa A hora do dinheiro, com uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

Posts Recentes

Filtro ou galão de água: o que gera mais economia na sua casa?
Como a falta de acessibilidade digital impacta as finanças das pessoas com deficiência?
O que é educação financeira? Explicado de forma prática e acessível para quem quer mudança já!
O passo a passo definitivo para como financiar um carro de forma eficiente