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O que é fazer um short – operar vendido?

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O que é fazer um short – operar vendido?
Imagem gerada por I.A. (Open A.I.)

Resumo – O que é fazer um short – operar vendido? Entenda como funciona essa estratégia de apostar na queda das ações, quando ela faz sentido e quais são os riscos envolvidos.

 

Você já ouviu alguém dizendo que “ganhou dinheiro com a queda das ações”? Pode parecer estranho à primeira vista, mas isso é possível sim — e a estratégia por trás disso se chama short, ou operação vendida.

Nesse texto, vou te explicar como isso funciona na prática, quais os riscos envolvidos e quando essa estratégia faz sentido. E se você quiser se aprofundar ainda mais, deixo aqui o convite: temos um texto completo sobre aluguel de ações, que é uma das engrenagens principais por trás do “short”.

 

O básico: o que significa operar “vendido”?

 

Quando você faz um investimento tradicional, está comprando uma ação esperando que ela se valorize. Isso é o que chamamos de operar comprado. Agora, e se você acredita que uma ação vai cair?

É aí que entra a operação vendida: você vende uma ação que não tem, apostando que vai conseguir recomprá-la mais barata no futuro. E como isso é possível? É aí que entra o aluguel de ações — você pega as ações emprestadas de alguém (geralmente de um fundo ou investidor que está segurando no longo prazo), vende no mercado e, depois, compra de volta para devolver ao dono. Se o preço tiver caído, você lucra com essa diferença.

A lógica é invertida: primeiro você vende, e depois compra (mas tem que alugar de alguém antes para conseguir vender, entendeu?).

Exemplo:

– Você aluga ações da empresa X e vende a R$ 20.
– A ação cai para R$ 15.
– Você recompra, devolve ao dono e fica com os R$ 5 de lucro por ação (tirando os custos, claro).

“Short”, portanto, é uma operação semelhante a um jogo. Uma aposta. Eu aposto que a ação “Fulano S.A.” estará muito mais barata nos próximos meses, e busco alguém que tenha a opinião contrária: de que essa ação vai estar muito mais cara nos próximos meses.

 

Veja outro exemplo:

 

Na aposta, eu e o outro lado marcamos uma data para nos encontrarmos e eu vou entregar para ele a ação num preço que acordamos hoje. Se a ação está hoje sendo negociada a R$ 100,00 e eu acredito que o preço vai desvalorizar até R$ 20,00, eu combino a venda com meu apostador de que vou entregar ação para ele lá na frente nos mesmo R$ 100,00 de hoje.

Se tudo der certo, e o preço que eu imaginei realmente acontecer, eu compro as ações a R$ 20,00 e vendo para meu “oponente” por R$ 100,00  e embolso um belo de um lucro. 

Eu preciso garantir a entrega da ação para tudo dar certo, e a aposta é um contrato que tem várias regras para garantir a lisura e legalidade da operação. No Brasil, a B3 e a CVM garantem isso.

Para garantir a entrega é necessário alugar a ação. É da regra

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Por que alguém faria um “short”?

 

Essa estratégia pode ser usada de algumas formas:

  • Proteção (hedge): Investidores institucionais usam para proteger posições que já têm.

  • Especulação: Apostar contra empresas que, na sua análise, estão supervalorizadas ou mal geridas.

  • Aproveitar momentos de mercado: Quando há expectativa de crise ou resultado ruim, alguns tentam lucrar com a queda.

Mas atenção: o risco é ENORME!!

 

Quando você opera comprado, o seu risco é o valor investido. Se você compra uma ação a R$ 10, o máximo que pode perder é R$ 10 por ação. Mas quando você opera vendido, a perda é teórica e ilimitada, porque uma ação pode subir indefinidamente.

Já imaginou apostar que a ação da Magazine Luiza ia cair… e ela sobe 300%? Pois é. Se você estava vendido, cada real que ela sobe representa mais prejuízo para você. E o mercado pode ser cruel com quem entra despreparado.

Além disso, operar vendido exige margem de garantia, envolve taxas de aluguel e pode ser encerrado automaticamente se você não tiver recursos suficientes. Não é algo recomendado para iniciantes, nem intermediários, só para alguns poucos que estudam muito, mesmo, por muitos anos.

 

E como eu posso aprender mais sobre isso?

 

Se você quiser entender como funciona o mecanismo de aluguel de ações, que é parte essencial dessa estratégia, recomendo a leitura do nosso texto completo sobre o tema — e também o vídeo no canal (ambos disponíveis acima), onde explico com calma e dou exemplos reais. É conteúdo gratuito e direto ao ponto.

 

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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