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Resumo – Veja dicas para pessoas que têm intenção de fazer um financiamento de imóvel pelo programa habitacional.
Sobre o programa habitacional
Muito provavelmente, você já deve ter ouvido falar do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, mas será que sabe como ele funciona?
Dados da Agência Senado explicam que o programa amplia a oferta de moradias para as classes menos privilegiadas, incentivando construções sustentáveis que possam gerar empregos e reduzir as desigualdades sociais e regionais.
Programas como esse são muito importantes para reduzir o déficit habitacional e dar condições para as pessoas terem uma vida mais digna.
Ter um teto para morar é um dos fatores mais importantes para uma pessoa ter autoestima elevada e sensação de segurança, motores de uma vida plena e feliz, além de tornar possível ajudar no crescimento econômico do país, apoiando o setor da construção civil e gerando novos empregos.
Pontos que merecem atenção
No entanto, alguns pontos merecem atenção especial ao analisar o todo.
Existem críticas quanto à baixa qualidade em algumas das construções. Também há o fato de que muitas destas, em áreas urbanas, ficam distantes do trabalho das pessoas, onde não há oferta de serviços básicos do dia a dia nas proximidades. Consequentemente, isso acaba dificultando a vida desses moradores.
Estimativas feitas por estudiosos da área apontam que 6 milhões de famílias poderão ser beneficiadas pelo programa.
Porém, por se tratar de um financiamento de longo prazo, as pessoas devem considerar algumas questões antes de decidirem assumir esse compromisso, como avaliar se tal residência vai atender, no futuro, a um planejamento familiar pré-estabelecido ou se vai ser preciso se mudar.
Aliado a isso, estão fatores externos que fazem diferença na rotina do dia a dia.
É importante checar se esse novo imóvel terá acesso próximo a redes de supermercados, farmácias, serviços públicos de saúde, transporte coletivo, escola para os filhos, áreas de lazer e diversão, etc. Analise também se a área pode ser considerada uma região em potencial crescimento para os próximos anos.
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O programa divide as famílias por renda (Faixas 1, 2 e 3)
Em áreas urbanas
- A Faixa 1 é para famílias que têm renda bruta entre 2 mil e 2.640 reais por mês.
- No caso da Faixa 2, a renda familiar bruta mensal deve estar entre 2.640,01 e 4,4 mil reais.
- Já a Faixa 3 abrange famílias com renda entre 4,4 mil e 8 mil reais.
Há dois pontos dignos de atenção sobre esses valores: primeiro, as rendas devem ser da família inteira e, segundo, essa divisão de faixas vale para famílias que moram nas cidades.
No caso das áreas rurais
- As faixas se dividem por renda anual. Se, em um ano inteiro, a família somou uma renda de até 31.680 reais, ela se encaixa na Faixa 1.
- Se a renda anual estiver entre 31.608,01 e 52.800 reais, a família deve estar na Faixa 2.
- Já a Faixa 3 vale para famílias com renda anual entre 52.800,01 e 96 mil reais.
Esses valores não incluem benefícios sociais. Ou seja, é a renda da família, sem contar, por exemplo, o Bolsa Família, auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro desemprego ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Onde fazer o cadastramento?
Para ter acesso ao cadastramento, é preciso saber, primeiro, em qual faixa a família se encaixa.
Para as famílias da Faixa 1, o primeiro passo é se dirigir à prefeitura da cidade, para que possa fazer o cadastro. Depois disso, as famílias conseguirão os imóveis por meio de sorteio.
Depois que for contemplada com a unidade habitacional, a família será informada sobre os detalhes para assinar o contrato de compra do imóvel.
Já para as famílias das Faixas 2 e 3, o processo é inverso. São elas que escolhem as unidades em que desejam morar, devendo fazer uma simulação no site da Caixa. Assim, é possível saber as condições e optar pela proposta que melhor se adapta ao orçamento.
Em nenhum dos casos, deve ser cobrada qualquer taxa para fazer o cadastramento.
Visto este cenário, elencamos três recomendações primordiais para quem tem intenção de fazer um financiamento de imóvel pelo programa habitacional:
1. Primeiramente, saiba o quanto entra e o quanto sai de seu orçamento todos os meses
Dessa maneira, fica mais fácil administrar os valores destinados ao pagamento das parcelas do financiamento. Baixe aqui gratuitamente nossa planilha de orçamento;
2. Em segundo lugar, planeje-se para pagar a entrada
Veja se juntar um dinheiro para dar como entrada no financiamento do imóvel pode ser vantajoso para você, ao diminuir o número de parcelas ou o valor delas.
3. Em seguida, não comprometa mais de 30% da renda com as parcelas do financiamento
Deste modo, aumentam-se as chances de você conseguir honrar seus compromissos e não pagar ainda mais juros do que o acordado.
Desta forma, antes de tomar qualquer decisão, é essencial estudar a situação do mercado atual e também ter consciência das próprias finanças, para que não surjam problemas durante o financiamento.
“Comprar um imóvel é, na maioria das vezes, a decisão financeira mais importante da vida das famílias e por isso, é preciso de cuidado redobrado”, finaliza.
Por João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
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