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Resumo – Qual é o custo da falta de manutenção da sua casa? Ignorar pequenos reparos pode sair caro, desvalorizar o imóvel e afetar sua saúde e segurança.
Fazer a manutenção do imóvel é uma das atitudes mais inteligentes (e econômicas) que você pode tomar para proteger o seu patrimônio. Isso vale tanto para quem é dono de um imóvel quanto para quem está morando de aluguel.
Neste texto, a gente te explica de forma simples de quem é essa responsabilidade, por que cuidar do imóvel traz vantagens e quais os riscos de negligenciar essa tarefa.
De quem é a responsabilidade pela manutenção?
Se você mora de aluguel, a manutenção do imóvel deve ser dividida entre o inquilino e o proprietário. De maneira geral:
- Pequenos reparos e conservação diária (como troca de lâmpadas, limpeza de ralos, manutenção de torneiras e chuveiros) são responsabilidade de quem está morando no imóvel.
- Problemas estruturais, infiltrações antigas, elétrica ou hidráulica embutida devem ser resolvidos pelo proprietário.
Já quem é proprietário e mora no próprio imóvel precisa arcar com todos os custos, e mais do que isso: precisa planejar a manutenção de forma preventiva, para evitar problemas maiores no futuro.
Vantagens de cuidar da manutenção
1. Evita gastos maiores lá na frente: uma calha entupida pode parecer algo simples, mas se virar infiltração, pode comprometer a estrutura do telhado ou das paredes. Um cano com vazamento escondido pode corroer uma laje, infiltrar no apartamento de baixo e virar um pesadelo jurídico e financeiro.
2. Valoriza o imóvel – e até a região: pintura em dia, fachada limpa e imóvel bem conservado aumentam o valor de mercado. E não é só isso: quando uma casa ou prédio está bem cuidado, isso também influencia a imagem da vizinhança como um todo. Dá até gosto de ver!
3. Faz bem para a saúde física e mental: um ambiente limpo, bonito e bem cuidado transmite conforto, segurança e até autoestima. A pintura das paredes, por exemplo, pode renovar o astral da casa. Cores bem escolhidas, paredes sem manchas ou descascando fazem diferença no bem-estar de quem vive ali.
Nos Estados Unidos, existe uma cultura muito forte de manutenção doméstica: cuidar da casa é quase um ritual de responsabilidade, uma forma de zelar pela família e garantir que tudo funcione bem. E mais: a gente acaba sentindo aquela satisfação de dever cumprido ao resolver um conserto ou pintar uma parede com capricho.
Essa ideia tem tudo a ver com o que a gente acredita na Hora do Dinheiro: pequenas ações de cuidado podem gerar grandes mudanças na forma como lidamos com o espaço (e com o dinheiro). Aproveite e confira também nosso texto sobre a teoria das janelas quebradas, que fala sobre como pequenos sinais de abandono podem desencadear uma bagunça maior, inclusive nas finanças pessoais.
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4. Garante segurança e saúde para quem mora: fiação antiga ou mal instalada pode causar curtos-circuitos e até incêndios. Já mofo e umidade constante aumentam os riscos de doenças respiratórias, principalmente em crianças e idosos. Ou seja: cuidar do imóvel é também cuidar de quem vive nele.
5. Ajuda no planejamento financeiro: quando você faz a manutenção preventiva, consegue diluir os custos ao longo do tempo, em vez de ter um rombo no orçamento por um conserto urgente e caro.
6. Facilita sua vida com um seguro residencial: muita gente não sabe, mas o seguro residencial costuma ser barato e pode te livrar de várias dores de cabeça. Muitos planos oferecem serviços emergenciais incluídos, como encanador, chaveiro, eletricista e até vidraceiro. Ou seja, você não só protege o imóvel de riscos maiores (como incêndio ou roubo), como também ganha praticidade para lidar com pequenos imprevistos do dia a dia.
Os riscos de não fazer a manutenção
Deixar a manutenção de lado pode sair muito mais caro do que parece. Veja alguns exemplos:
- Rachaduras e vazamentos que comprometem a estrutura do imóvel;
- Infestações por pragas urbanas por falta de vedação ou limpeza;
- Desvalorização do imóvel no mercado, mesmo com boa localização;
- Multas ou problemas legais em condomínios ou com vizinhos.
Em casos extremos, o imóvel pode até ser interditado.
Prevenir é melhor que remediar
A manutenção do imóvel deve fazer parte do seu planejamento financeiro anual. Uma boa ideia é reservar um valor mensal em uma conta separada, como se fosse um “fundo de manutenção”, especialmente para quem tem imóveis alugados ou mora em casa.
Se você não entende nada disso ou tem medo de ser enrolado por profissionais sem ética, considere conversar com um arquiteto ou engenheiro de confiança. Eles podem fazer uma inspeção preventiva e orientar sobre o que precisa de atenção agora e o que pode esperar.
E não esqueça: um bom seguro residencial pode ser seu aliado nessa jornada – com serviços úteis no dia a dia e uma rede de prestadores já incluída no pacote.
Imóvel não é só pra investir, é pra cuidar
Se a gente costuma dizer que quem compra um imóvel está investindo, o raciocínio se completa quando entendemos que todo investimento exige manutenção. Seja por cuidado com quem vive ali, seja por inteligência financeira.
Ignorar esse cuidado é como comprar um carro e nunca trocar o óleo. Pode parecer que está tudo bem… até o motor fundir.


Por João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais com ampla experiência no mundo corporativo, liderando unidades de negócios, equipes e transformado estratégia em prática por todas as empresas em que trabalhou. Liderou grandes negociações com instituições financeiras de grande porte, com impacto de bilhões de reais em faturamento e receita.
Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA – USP, professor de MBA do IBMEC, colunista da Investing.com, entre outras atividades.
Empreendeu em várias empresas como investidor, em paralelo com a vida executiva, e aprendeu com sucessos e fracassos nesse segmento.
Entendeu e aplicou a importância de ter equilíbrio financeiro ao longo de mais de 30 anos de investimentos em vários setores, com amplo sucesso. Fez 1 milhão de reais de patrimônio antes dos 30 anos de idade, e hoje divide esses aprendizados.
Para isso, criou e lidera a iniciativa A hora do dinheiro, com uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.