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Resumo – Quem precisa de um seguro de vida? Por que ele pode ser essencial para proteger quem você ama? Descubra quem mais precisa dessa cobertura e entenda quando (ou não) vale a pena contratar.
Você já parou para refletir sobre quem ficaria protegido financeiramente se, de repente, algo acontecesse com você? Às vezes, focamos tanto em planos de carreira, viagens e conquistas pessoais, que acabamos deixando de lado uma questão fundamental: a proteção de quem amamos.
Neste texto, vamos conversar sobre a importância de um seguro de vida, em quais casos ele se torna ainda mais essencial e quando, afinal, vale a pena (ou não) fazer esse investimento.
Um pouco de história: a origem dos seguros
Vale lembrar que a ideia de contratar seguros é muito antiga e isso, por si só, já diz bastante sobre a efetividade dessas proteções. Os primeiros registros de algo parecido com “seguros” vêm do Código de Hamurabi, por volta de 1300 a.C.. Naquele conjunto de leis, havia menções a empréstimos feitos por mercadores para financiar viagens marítimas, estabelecendo que a dívida seria perdoada em caso de naufrágio do navio.
Mais tarde, no século XVIII, as primeiras companhias seguradoras foram organizadas pelos financiadores de viagens exploratórias ao redor do mundo. Eles recebiam um percentual do lucro das viagens ou perdoavam a dívida em caso de afundamento do navio. Esse documento que garantia a cobertura era assinado pelo financiador sob (under) seu próprio nome — daí surgiu o termo “underwriter”, usado até hoje para designar o profissional que avalia um seguro e decide se aceita ou não o risco.
Por que o seguro de vida é tão importante?
Primeiramente, ter um seguro de vida é pensar no bem-estar dos seus dependentes e entes queridos. Se acontecer alguma fatalidade ou invalidez, o seguro pode garantir estabilidade financeira, auxiliando no pagamento de contas, dívidas pendentes ou até mesmo na manutenção do padrão de vida.
Além disso, em alguns planos, há coberturas adicionais, como assistência funeral, indenização em caso de doenças graves e até diárias por internação hospitalar. Dessa forma, você e sua família podem se sentir mais seguros diante de qualquer imprevisto.
Em quais casos o seguro de vida é mais essencial?
Responsáveis por familiares
Se você tem filhos, cônjuge, pais ou outras pessoas que dependem financeiramente de você, contar com um seguro de vida pode evitar que eles fiquem desamparados em um momento delicado.
Profissionais autônomos ou liberais
Para quem não tem fonte de renda fixa todos os meses ou conta apenas com o próprio trabalho, uma eventual falta de recursos pode impactar a família de forma mais brusca. Por isso, o seguro oferece um respaldo financeiro importante.
Idade avançada ou histórico de doenças
Mesmo que você considere ter uma boa saúde, se houver histórico familiar de doenças graves, pensar em um seguro de vida pode trazer mais tranquilidade. Contudo, quando se trata de pessoas acima de 65 anos, a contratação pode se tornar mais cara e ficar ainda mais onerosa à medida que a idade avança.
Uma alternativa é optar por um seguro com cobertura de sobrevivência (VGBL), no qual o segurado ou seu beneficiário, ao final de um período, retira o capital acumulado. Porém, vale lembrar que:
Pode não haver tempo suficiente para acumular recursos e atingir os objetivos esperados.
Trata-se de uma aplicação de longo prazo, que só começa a valer a pena em comparação a outras opções do mercado financeiro após vários anos, principalmente pela redução das alíquotas de imposto de renda.
Investimento para o futuro
Algumas modalidades de seguro de vida também funcionam como plano de previdência ou possuem resgate em vida. Isso significa que, além de garantir uma indenização aos beneficiários, você pode ter um retorno financeiro no futuro.
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É possível ter mais de um seguro de vida?
Sim, é totalmente viável contratar mais de um seguro de vida ao mesmo tempo. No seguro de pessoas, não há limite para o valor da indenização. Dessa forma, cada seguradora efetivará a indenização de acordo com o valor da importância segurada constante em cada contrato.
Isso pode ser vantajoso caso você queira somar diferentes coberturas ou aumentar o montante total recebido pelos beneficiários, especialmente se seus dependentes tiverem necessidades financeiras mais elevadas.
Coberturas adicionais: o que você precisa saber
A cobertura principal e obrigatória do seguro de vida é contra o risco de morte. Porém, essa cobertura pode vir acompanhada de garantias complementares, pois o seguro de vida faz parte do seguro de pessoas, o qual apresenta diversas coberturas. Entre elas:
- Morte acidental ou natural
- Invalidez por acidente
- Invalidez funcional permanente por doença
- Invalidez laborativa permanente por doença
- Doenças graves
- Diária por internação hospitalar
- Diária de incapacidade temporária
- Desemprego e perda de renda, entre outras.
Portanto, é fundamental analisar cuidadosamente quais dessas coberturas se adequam melhor ao seu perfil e às necessidades de quem depende de você.
Momentos de reavaliação ao longo da vida
Ao longo dos anos, muitas coisas podem mudar: você pode se casar, ter filhos, adquirir bens ou, em alguns casos, até perder parte do patrimônio. Cada uma dessas situações pode exigir readequação dos tipos de seguro, alteração de valores de indenização ou inclusão de coberturas adicionais.
Por isso, é aconselhável realizar uma revisão periódica do seu plano de seguro de vida, especialmente em momentos-chave, como nascimento de um filho, compra de um imóvel ou aposentadoria.
Um bom planejamento de seguros
Contratar um seguro de vida vai além de simplesmente escolher uma apólice. É necessário fazer um planejamento que inclua a identificação de todos os eventos de risco que podem impactar suas finanças e seu patrimônio — e o da sua família.
Depois de identificados, cada risco precisa ser avaliado quanto à probabilidade de acontecer e à severidade dos possíveis danos. Esse cuidado garante que você escolha as coberturas certas para a sua realidade, sem pagar por algo desnecessário ou deixar de lado o que é fundamental.
Quando (e se) vale a pena correr o risco de não ter?
Por outro lado, algumas pessoas podem se questionar se realmente é necessário contratar um seguro de vida, principalmente quando se é jovem, sem dependentes ou com uma boa reserva financeira.
Entretanto, mesmo nessa situação, vale refletir: caso ocorra uma invalidez ou doença inesperada, você teria recursos suficientes para se manter sem grandes impactos no seu patrimônio? Se a resposta for não, o seguro de vida pode ser uma boa alternativa de prevenção.
Porém, se você ainda está construindo sua reserva e não tem dependentes, talvez seja válido analisar cuidadosamente o custo-benefício e avaliar a viabilidade de investir em outras modalidades de proteção ou investimento.
Outros pontos que você deve considerar
- Coberturas adicionais: Além da indenização em caso de falecimento, cheque se a seguradora oferece suporte em situações de doenças graves, invalidez temporária ou permanente.
- Valor da apólice: Verifique se o valor indenizado é suficiente para cobrir as despesas de sua família por um período razoável. Ajustar a cobertura de acordo com suas necessidades faz toda a diferença.
- Carência e exclusões: Fique de olho em períodos de carência e condições específicas que podem limitar a cobertura. Nem todo seguro de vida cobre tudo o tempo todo.
- Flexibilidade no pagamento: Algumas seguradoras possibilitam ajustar o valor ou o prazo de pagamento conforme suas condições financeiras mudem ao longo do tempo.
Então, você precisa de um seguro de vida?
Ter um seguro de vida não diz respeito apenas a pensar na morte, mas sim em garantir proteção e tranquilidade para você e sua família. Lembre-se de avaliar se suas necessidades exigem coberturas extras, se o valor da apólice está adequado e como encaixar esse custo no seu orçamento.
Agora que você já entende melhor a importância do seguro de vida, compartilhe este texto com alguém que também possa se beneficiar dessas informações. E não se esqueça de assistir ao vídeo para ficar por dentro de todos os detalhes!
Use as dicas deste texto e faça uma escolha consciente. Sua família e seu futuro agradecem!


Por João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.