Reduflação: outra forma de aumento de preços

Reduflação: outra forma de aumento de preços. Descubra exemplos práticos, entenda como evitar esse fenômeno e veja como ele impacta sua inflação pessoal.

Reduflação: outra forma de aumento de preços

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Resumo – Reduflação: outra forma de aumento de preços. Descubra exemplos práticos, entenda como evitar esse fenômeno e veja como ele impacta sua inflação pessoal.

 

Você já percebeu que, às vezes, aquele seu chocolate favorito parece menor, ou que o pacote de biscoito não rende mais como antes? Talvez não seja só impressão: você pode estar sendo vítima da reduflação. Mas, afinal, o que significa esse fenômeno?

A reduflação ocorre quando as empresas, ao invés de aumentar diretamente o preço de um produto, optam por diminuir a quantidade vendida, mantendo o preço aparentemente estável. Dessa forma, muitas vezes, o consumidor nem percebe que está pagando mais por menos.

 

Como a reduflação funciona na prática?

 

Para entender melhor, vamos a um exemplo prático. Imagine um pacote de salgadinhos que antes vinha com 150g ao preço de R$5,00. Com a reduflação, a empresa decide reduzir a quantidade para 130g, mantendo o mesmo valor. Aos olhos do consumidor, o preço não mudou, mas na prática ele está pagando mais caro por cada grama do produto.

Outro exemplo comum é o de produtos de higiene pessoal, como sabonetes e shampoos. Um sabonete que pesava 90g agora pode estar com 80g, mantendo o preço original. São pequenos ajustes, quase imperceptíveis à primeira vista, mas que têm um grande impacto no seu orçamento a longo prazo.

 

Usando produtos de menor qualidade

 

Outra forma de reduflação menos evidente, porém igualmente prejudicial, é o uso de insumos e matérias-primas de menor qualidade. Um exemplo disso é o chocolate, que passa a ter mais gordura e menos cacau, especialmente quando o preço do cacau sobe muito. Essa estratégia diminui a qualidade do produto sem reduzir diretamente a quantidade.

 

Um levantamento feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) aponta que a reduflação tirou 3,78% do poder de compra do brasileiro. Produto com maior redução observada foi o milho para pipoca. Além deste exemplo, você também já reparou que a caixa de ovos agora vem com apenas 10 unidades?

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Por que as empresas adotam essa estratégia?

 

As empresas recorrem à reduflação para enfrentar períodos de aumento de custos sem afastar imediatamente o consumidor com preços mais altos. É uma estratégia menos perceptível e que evita o choque inicial de preços visivelmente elevados nas prateleiras dos supermercados.

Além disso, em momentos de inflação mais alta, essa prática se torna ainda mais frequente, já que os consumidores tendem a reagir negativamente a reajustes explícitos.

 

Como se proteger da reduflação?

 

Para não cair nessa armadilha, é fundamental sempre observar a quantidade dos produtos e comparar o preço por unidade, grama ou litro. Outro bom hábito é acompanhar as variações dos produtos que você compra regularmente, anotando valores e quantidades periodicamente.

É importante destacar que a reduflação afeta diretamente a inflação pessoal, ou seja, a inflação real que você sente no bolso, que pode ser diferente da inflação oficial divulgada pelo governo. 

Quer entender melhor esse conceito e aprender a calcular como isso afeta seu orçamento pessoal? Então confira também nosso texto sobre o que é inflação pessoal.

Ao se manter informado e atento a esses detalhes, você evita ser pego de surpresa pela reduflação, garantindo maior controle sobre suas finanças.

 

Posição de A hora do dinheiro sobre este fenômeno

 

Alterações na quantidade devem constar no rótulo do produto, de forma destacada e clara. Informações devem constar por no mínimo seis meses, em local de fácil visualização, com caracteres legíveis e que atendam a vários requisitos de formatação.

Ou seja, nao é ilegal, mas se nao fica claro para o consumidor que houve uma redução no tamanho, peso, quantidade, é imoral! Estão se aproveitando do consumidor e somos contra. A empresa decente toma muito cuidado com esse tipo de atitude.

 

Fonte

uol

JV 2

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais com ampla experiência no mundo corporativo, liderando unidades de negócios, equipes e transformado estratégia em prática por todas as empresas em que trabalhou. Liderou grandes negociações com instituições financeiras de grande porte, com impacto de bilhões de reais em faturamento e receita.

Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA – USP, professor de MBA do IBMEC, colunista da Investing.com, entre outras atividades.

Empreendeu em várias empresas como investidor, em paralelo com a vida executiva, e aprendeu com sucessos e fracassos nesse segmento.

Entendeu e aplicou a importância de ter equilíbrio financeiro ao longo de mais de 30 anos de investimentos em vários setores, com amplo sucesso. Fez 1 milhão de reais de patrimônio antes dos 30 anos de idade, e hoje divide esses aprendizados.

Para isso, criou e lidera a iniciativa A hora do dinheiro, com uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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