Resumo – Crise do metanol: o perigo das bebidas falsificadas e o impacto econômico nos bares sérios.
Nas últimas semanas, o Brasil tem acompanhado com tristeza os casos de intoxicação por metanol em bebidas falsificadas. Pessoas foram hospitalizadas, algumas ainda lutam pela vida, e famílias enfrentam o luto por perdas que poderiam ter sido evitadas. É uma tragédia que nos lembra o quanto a irresponsabilidade de alguns pode afetar a vida de muitos.
Mas o impacto não para aí. O medo gerado por essas ocorrências também tem atingido bares e restaurantes que fazem tudo certo, comprando de fornecedores certificados e mantendo a regularidade sanitária em dia. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), houve uma queda de cerca de 25% no público em São Paulo logo após o aumento dos casos.
Ou seja, o receio afastou clientes de lugares honestos, que trabalham com transparência e cuidado — e isso gerou prejuízos para pequenos empresários que já convivem com margens apertadas.
Quando o medo pesa no bolso de quem é correto
Para muitos donos de bares, a cena lembra o início da pandemia: mesas vazias, estoques parados e um sentimento de impotência. Afinal, quem age dentro da lei também está sendo punido pelo medo causado por falsificadores sem escrúpulos.
Em resposta, vários estabelecimentos começaram a exibir notas fiscais e certificados de fornecedores, mostrando que compram apenas de distribuidores homologados e fiscalizados pela Vigilância Sanitária.
Alguns bares criaram até campanhas nas redes sociais para reforçar a confiança dos clientes, um gesto que demonstra responsabilidade e compromisso com a segurança de todos. Outros, inclusive, estão apostando fortemente em drinks sem álcool como alternativa.
O papel do consumidor: desconfiar do barato e valorizar quem faz certo
O barato pode sair caro — e, no caso do metanol, pode sair fatal. Por isso, especialistas reforçam a importância de desconfiar de preços muito abaixo do mercado e optar por lugares com procedência clara das bebidas. Se o garçom ou o dono do bar consegue mostrar a nota fiscal, é um bom sinal.
A responsabilidade é compartilhada: cabe aos bares verificar seus fornecedores, e aos consumidores, valorizar quem age com transparência. Esse ciclo de confiança é o que protege vidas e sustenta empregos.
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Um olhar para dentro: e se essa crise for um convite à reflexão?
Ao mesmo tempo em que essa situação é grave, ela também pode servir como um convite à reflexão sobre nossos próprios hábitos de consumo.
Será que a gente, talvez, não está exagerando na frequência das saídas? Ou gastando mais do que deveria com o happy hour?
Talvez este seja um bom momento para fazer o “Desafio do Mês da Lei Seca”, que a gente propôs, em abril de 2024, aqui na Hora do Dinheiro: repensar os gastos com noitadas e descobrir quanto daria para investir esse valor no seu futuro. É impressionante como o tema segue sendo atual!
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A proposta é simples: em vez de gastar R$ 400, R$ 500 por final de semana com bebidas, transporte e alimentação, você guarda esse valor por um mês e investe. No fim do ano, pode ter mais de R$ 14 mil acumulados — e uma sensação real de controle sobre suas finanças (e sobre sua segurança também).
Informação é a melhor prevenção
O metanol é uma substância altamente tóxica, usada em produtos industriais, e não deve jamais estar presente em bebidas alcoólicas. Mesmo pequenas quantidades podem causar cegueira, coma ou morte.
Por isso, desconfie sempre de bebidas vendidas sem rótulo, em garrafas reaproveitadas ou com preço muito baixo. E compartilhe essas informações: a prevenção também é uma forma de cuidar dos outros.

Por João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais com ampla experiência no mundo corporativo, liderando unidades de negócios, equipes e transformado estratégia em prática por todas as empresas em que trabalhou. Liderou grandes negociações com instituições financeiras de grande porte, com impacto de bilhões de reais em faturamento e receita.
Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA – USP, professor de MBA do IBMEC, colunista da Investing.com, entre outras atividades.
Empreendeu em várias empresas como investidor, em paralelo com a vida executiva, e aprendeu com sucessos e fracassos nesse segmento.
Entendeu e aplicou a importância de ter equilíbrio financeiro ao longo de mais de 30 anos de investimentos em vários setores, com amplo sucesso. Fez 1 milhão de reais de patrimônio antes dos 30 anos de idade, e hoje divide esses aprendizados.
Para isso, criou e lidera a iniciativa A hora do dinheiro, com uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.