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Resumo – Sabemos que imprevistos sempre aparecem, mas quase nunca estamos preparados para enfrentá-los da melhor maneira possível. Por que isso acontece? Neste artigo, listamos algumas das nossas respostas para essa pergunta, além de sugestões de como nos preparamos para enfrentar períodos difíceis em nossas vidas.
Após uma tragédia: organizando a reconstrução
Como habitualmente acontece entre os meses de junho e julho, no ano de 2010, o arquipélago de ilhas que formam o Japão foi atingido por fortes chuvas. Esse fenômeno normalmente se estende por toda a região da Ásia, mas nesse ano, em especial, o que era para ser simplesmente um período de maior precipitação de chuva, transformou-se numa tragédia. Naquele ano, o Japão perdeu mais de 100 vidas.
Observando as entrevistas que foram concedidas pela população impactada, é muito difícil não se surpreender com a reação dos japoneses.
“Nós vamos nos reerguer”, dizia uma comerciante que viu sua loja sumir debaixo da torrente incessante.
“Juntos vamos reconstruir nossa comunidade”, falava o aposentado, ainda com a água cobrindo os joelhos e já munido com baldes e outros equipamentos de limpeza.
As autoridades entrevistadas seguiam na mesma linha e trabalhavam lado a lado com as famílias afetadas. Centenas de voluntários trabalhavam o tempo todo para diminuir o sofrimento dos seus vizinhos e amigos o mais rápido possível.
Um povo que já sofreu com as bombas atômicas que destruíram Hiroshima e Nagasaki e com um acidente nuclear muito grave, poucos anos antes, em Fukushima, parece, às vezes, ser invencível. A capacidade de organizar as energias e os esforços na direção da reconstrução é admirável, senão invejável.
A cultura japonesa, que parece ter evoluído em direção à tecnologia e à inovação, mas sem abandonar seus valores mais fortes, que remontam a milênios, não perde tempo esperando por algo ou por alguém que venha resolver a situação, e vai em busca das soluções para seus problemas.
Podemos aprender alguma coisa com isso?
Em nossas vidas, devemos aprender com as admiráveis lições que esses acontecimentos trazem, como o fato de que as tragédias são parte inescapável da vida . Alguns são mais atingidos; outros, menos, mas todos temos nosso quinhão a enfrentar. A magnitude do que ficará disso vai depender, em grande medida – senão totalmente – da forma como respondemos a elas.
Por sua vez, as tragédias financeiras (e o que vai sobrar ao fim desses momentos) também dependem de nossa resposta e do modo como estamos equipados para enfrentá-las. Quando eventos muito graves e não esperados nos atingem, temos que buscar o equilíbrio necessário para avaliar, identificar e escolher o caminho menos pior ou, com sorte, a melhor trilha a seguir.
Ficar sentado chorando ou se lamentando, apesar de ser uma reação compreensível no aspecto emocional, não será uma solução. O lamento pode ser necessário por motivos psicológicos, mas rapidamente deve ser substituído por uma análise fria da situação e das opções que você tem na mão. Caso a saída da posição de choque e lamento seja muito difícil, peça ou aceite ajuda.
Problemas pedem por uma análise fria, mesmo. Alguns deles se resolvem por eles próprios, sem a necessidade de intervenção. Mas, infelizmente, as dificuldades de ordem financeira raramente se incluem nessa categoria, juntamente com os problemas de saúde.
Problemas financeiros, como a abrupta perda de renda e aumento de urgente despesa em alto valor, são situações que, apesar de graves, ocorrem com razoável frequência. Estejamos preparados para elas, principalmente com a já famosa Reserva de Emergência. Em algum momento, algo sempre acontece.
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