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Resumo – Campanhas colaborativas para investir na educação das crianças ganham força com o Tesouro Educa+ e o Tesouro Direto Coletivo. Entenda como funcionam.
A educação das crianças como projeto coletivo
Sempre que converso com famílias sobre planejamento financeiro, um dos primeiros sonhos que aparecem é: “quero garantir os estudos dos meus filhos“. E faz todo sentido. A educação é uma das formas mais consistentes de gerar oportunidades futuras.
Mas como transformar esse desejo em um investimento de longo prazo, seguro e transparente?
Foi pensando nisso que surgiram iniciativas como o Tesouro Educa+ e o Tesouro Direto Coletivo. São ferramentas que unem planejamento financeiro, investimento de longo prazo e, o mais interessante, a participação de várias pessoas ajudando nesse caminho.
O que é o Tesouro Educa+
O Tesouro Educa+ é um título específico do Tesouro Direto pensado para quem quer poupar para objetivos com data definida, como um curso universitário. Perfeito para custear a educação dos filhos no futuro.
Funciona assim: você escolhe o ano em que pretende começar a usar o dinheiro e vai investindo até lá. O título garante uma rentabilidade fixa, corrigida pela inflação (IPCA), ou seja, protege o poder de compra do dinheiro. Isso dá previsibilidade para quem está planejando o longo prazo.
Após a data de conversão, iniciam-se os pagamentos mensais por cinco anos a partir do dia 15 de janeiro do ano escolhido. O valor poupado é devolvido em 60 prestações mensais, amortizando todo o fluxo investido.
É preciso fazer aportes mensais no Tesouro Educa+?
Os aportes mensais não são obrigatórios, ou seja, é possível investir quanto e quando desejar. Apesar dessa flexibilidade, o planejamento mensal é extremamente importante para melhorar a capacidade de poupar e atingir os objetivos educacionais.
Além disso, há um simulador disponível no site do Tesouro Direto que ajuda os pais e responsáveis a definirem a melhor estratégia, mostrando o valor mensal necessário e quantos títulos serão necessários para atingir a renda planejada.
O Tesouro Educa+ representa uma iniciativa pioneira no Brasil para levar a educação financeira para dentro dos lares brasileiros, oferecendo uma forma concreta e acessível de preparar o futuro educacional das crianças.
Mas o Tesouro Educa+ não é limitado a quem compra sozinho. É aqui que entra o Tesouro Direto Coletivo.
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Como funciona o Tesouro Direto Coletivo
O Tesouro Direto Coletivo permite que amigos, familiares e qualquer pessoa convidada participe de uma campanha colaborativa. Você cria uma meta de investimento – por exemplo, juntar um determinado valor para o curso universitário da criança ou adolescente – e compartilha o link da campanha. As contribuições vão direto para a conta no Tesouro Educa+ em nome do beneficiário daquela meta.
A própria plataforma do Tesouro Direto gera a página da campanha, mostra o andamento e permite o acompanhamento de quem está colaborando. É uma forma transparente e segura de envolver padrinhos, avós, tios e amigos que querem ajudar. Em vez de presentes materiais em datas comemorativas, por que não oferecer também um pedaço do futuro educacional daquela criança?
Cadastro Rápido
Outra novidade é a possibilidade de abertura de conta em nome do menor de idade dentro do Tesouro Direto através do cadastro rápido (Cad&Pag).
O Cad&Pag integra os sistemas do Tesouro Direto, do Gov.br e das instituições financeiras em um processo unificado, simplificando desde o cadastro das informações pessoais até a criação da conta com o banco ou corretora, permitindo o primeiro investimento de forma fácil e rápida.
As vantagens das campanhas colaborativas
O Tesouro Direto Coletivo traz algumas vantagens importantes:
- Transforma um objetivo familiar em um projeto comunitário;
- Gera engajamento de quem quer presentear de forma significativa;
- Utiliza um investimento com previsibilidade e proteção contra inflação;
- É simples de acompanhar e transparente para todos os participantes.
No fim das contas, a maior beleza desse modelo é reforçar que educação é um projeto de longo prazo. E projetos de longo prazo ganham muita força quando contam com a participação da rede de apoio.
Vale a pena?
Na minha opinião, como educador financeiro, é uma excelente ideia para quem quer começar a construir desde cedo o fundo de educação dos filhos. Claro que é importante avaliar se a família já tem sua reserva de emergência montada e outras bases financeiras organizadas. Mas para quem já superou essas etapas iniciais, é uma forma segura, acessível e com bom retorno real para um projeto tão relevante.
E o mais bonito: quem participa de uma campanha como essa não está apenas dando dinheiro, está dando futuro das pessoas e do mundo.
Fontes


Por João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais com ampla experiência no mundo corporativo, liderando unidades de negócios, equipes e transformado estratégia em prática por todas as empresas em que trabalhou. Liderou grandes negociações com instituições financeiras de grande porte, com impacto de bilhões de reais em faturamento e receita.
Formação, aprendizados e legado
Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA – USP, professor de MBA do IBMEC, colunista da Investing.com, entre outras atividades.
Empreendeu em várias empresas como investidor, em paralelo com a vida executiva, e aprendeu com sucessos e fracassos nesse segmento.
Entendeu e aplicou a importância de ter equilíbrio financeiro ao longo de mais de 30 anos de investimentos em vários setores, com amplo sucesso. Fez 1 milhão de reais de patrimônio antes dos 30 anos de idade, e hoje divide esses aprendizados.
Para isso, criou e lidera a iniciativa A hora do dinheiro, com uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.