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Como pagar as dívidas?

1. Calcule as suas despesas essenciais

Talvez você já possa ter ouvido em algum lugar o conselho de identificar e cortar gastos não essenciais da sua rotina para sair do vermelho ou mesmo não se endividar.

Essa parece ser uma tarefa simples, não é verdade?

No entanto, muitas pessoas acabam pisando na bola na hora de acompanhar para onde vai o dinheiro que é gasto. Outras, ainda, nem ao menos se lembram dos valores dos produtos e serviços por elas consumidos ao longo do mês

Então, para que fique mais fácil a organização e o monitoramento de seus gastos mensais, muitos profissionais da área de finanças pessoais adotam a separação das despesas em três categorias:

  1. Despesas essenciais
  2. Despesas necessárias
  3. Despesas não-essenciais (ou supérfluas)

Vamos ver, no detalhe, como é cada uma delas:

 

Despesas essenciais

Como o próprio nome indica, elas agrupam os gastos básicos para a sua sobrevivência e dignidade, e compreendem apenas o que é fundamental para a realização de suas atividades do dia a dia.

Pormezz / shutterstock

As despesas essenciais costumam ser  uma categoria de obrigações mensais fixas, onde há pouco espaço para negociação de preços. Essa característica dos custos de subsistência resulta em um maior risco de inadimplência frente a imprevistos que podem aparecer.

Por esse motivo, é muito importante que as pessoas conheçam o seu custo básico de vida.

Exemplos de despesas essenciais são: gastos com moradia (aluguel, condomínio, parcela do financiamento imobiliário), serviços de saneamento (água e esgoto), saúde, energia, alimentação básica, transporte, telefonia e internet.

Para saber se uma despesa é essencial em sua vida, você pode se perguntar:

– Eu consigo viver / trabalhar sem este item ou serviço?

    • Se a resposta for “não”, trata-se de uma despesa essencial.
    • Se a resposta for “sim”, o gasto se enquadra nas categorias necessário ou superficial.

 

Despesas necessárias e despesas supérfluas

Lembramos aqui que cada caso é um caso e, por este motivo, cada situação deve ser analisada de maneira individual.

Uma despesa classificada como necessária para uma pessoa, por exemplo, pode ser algo essencial na vida de outra pessoa.

Podemos imaginar o caso específico em que manter um carro seja mais rápido e econômico do que pagar pela condução ao mesmo destino, e economiza tempo de trabalho que a pessoa pode usar para fazer mais dinheiro.

Dessa forma, outra pergunta que pode ajudar na classificação de categoria do gasto é a seguinte:

– Esse produto ou serviço fará falta em minha vida (se for cancelado)?

    • Se a resposta for “sim”, o gasto se enquadra na categoria necessário.
    • Se a resposta for “não”, o gasto se enquadra na categoria supérfluo.

Assim, temos alguns exemplos que do podem ser despesas classificadas como necessárias e despesas classificadas como supérfluas:

Exemplos de despesas necessárias são: serviços de trabalho doméstico, assinaturas mensais de serviços, educação privada, academia de musculação, prestação de financiamento do carro.

Por sua vez, os exemplos de despesas supérfluas são: viagens, alimentação fora de casa, roupas de marca, tratamentos estéticos, artigos de luxo, ingressos de shows e eventos, bebidas, cigarros, entre outros

 

Reduza os gastos não essenciais

Agora que você aprendeu a separar os seus gastos por categorias, fica mais fácil saber por onde começar a economizar quando for o adequado e prudente tomar esta medida.

A redução com os gastos poderia começar com cortes nas categorias supérfluas para, em seguida, avançar nos custos necessários.

Isso certamente significa descer um degrau no padrão de vida, mas não compromete a sua sobrevivência

 

Será que é possível reduzir os gastos essenciais?

Ainda que sejam gastos essenciais, sempre que possível, você pode e deve tentar negociar os contratos dos serviços e produtos que você utiliza.

Por exemplo,

  • Ligar na companhia de telefonia móvel para buscar um plano de minutos e dados mais adequado para a sua situação;
  • Tentar negociar o reajuste anual do contrato de aluguel em momentos de baixa, sugerindo com um índice abaixo da inflação do período;
  • Reduzir o tempo de uso do chuveiro elétrico;
  • Consertar equipamentos elétricos e eletrônicos com problema, ao invés de jogar fora.
eamesbot / shutterstock

Sabendo diferenciar o tipo de despesa e o quanto está sendo gasto com ela todos os meses pode abrir seus olhos para a busca de uma forma de consumo mais consciente, tanto para o seu bolso como também para o meio ambiente.

Por fim, lembre-se sempre do custo de oportunidade: quanto maior for a parcela de sua renda destinada a gastos supérfluos não planejados, menor a quantia disponível para investir em seu futuro. Então, tenha bem definidos os seus sonhos e objetivos para não perdê-los de vista.

Fonte: onze

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2. Registre todas as suas fontes de receita

Com o valor de suas despesas essenciais devidamente calculado, a próxima etapa do processo consiste em calcular o quanto você recebe por mês.

Deste modo, podem entrar nessa conta:

    • Salário,
    • Renda extra de algum trabalho
    • Pensões e aposentadorias,
    • Benefícios do governo,
    • Ajuda de familiares,
    • Entre tantos outros.

Para facilitar o seu trabalho, preparamos para você um documento simples e fácil de utilizar, que chamamos de planilha da liberdade, com a finalidade de ajudar na manutenção da organização de suas contas ao longo do ano.

Foto: rawpixel / shutterstock

 

Para ter acesso a este documento, clique aqui.

 

3. Verifique o seu saldo ao final do mês

Com as suas despesas essenciais e as suas fontes de receita devidamente registradas e calculadas, agora você será capaz de descobrir o seu saldo ao final do mês, isto é, quanto sobra (ou quanto falta) ao fim de cada ciclo mensal.

Essa informação é importantíssima, pois fornece a você uma fotografia atualizada de sua situação financeira, além dos pontos críticos em que você pode trabalhar para abordar os problemas de modo mais eficiente.

ocean-ng / unsplash

Assim, temos 2 caminhos possíveis a partir daqui:

  • Se o seu saldo é positivo, você pode usar este valor para começar a quitar as suas dívidas.
  • Se o seu saldo é negativo, você precisa encontrar formas de reverter essa situação: seja reduzindo despesas não essenciais, seja procurando por novas fontes de renda.

 

4. Usando o saldo positivo para começar a quitar suas dívidas

Após finalizar o seu orçamento, você verificou que consegue fazer sobrar um certo montante ao final do mês. Parabéns pelo trabalho!

Agora você pode avançar para a próxima etapa, onde vai analisar se o valor da dívida renegociada (ou das parcelas da dívida renegociada) vai caber em seu orçamento, sem criar novas dívidas.

Para descobrir essa informação, é simples: basta comparar o valor da parcela da dívida renegociada com o saldo que você consegue gerar ao final do mês.

Foto: atstock productions / shutterstock

Caso o dinheiro que sobra de seus rendimentos mensais seja suficiente para assumir esse compromisso, o recomendável é que você dê prioridade ao cumprimento desta obrigação para ficar (o mais rápido possível) livre dos juros, abrindo uma margem de segurança para suas despesas em um futuro próximo.

Você está conseguindo perceber que um planejamento feito com calma e atenção (sem soluções mirabolantes) é perfeitamente capaz de tirar você dessa situação de aperto?

Então, você pode ficar feliz, porque essa mesma organização também é capaz de fazer você construir um patrimônio que vai te dar muita segurança e tranquilidade ao longo do tempo.

 

Agora que você cuidou da sua saúde financeira e controlou as suas dívidas, já é capaz de dar o próximo passo da caminhada: é hora de investir para o seu futuro.