

Resumo – Vale a pena comprar um imóvel na planta? Veja vantagens, riscos e dicas práticas para decidir se esse tipo de compra é o ideal para você.
Se você já pensou em comprar um imóvel, provavelmente se deparou com a opção de adquirir na planta. É uma promessa tentadora: apartamento novinho, cheio de lazer, preço aparentemente mais baixo e um bom tempo para se organizar até a entrega das chaves. Mas será que essa escolha sempre compensa?
O que é um imóvel na planta
Resumidamente, é um imóvel que ainda não foi construído. A compra acontece com base no projeto — plantas, imagens e maquetes. As chaves só chegam depois que a obra é concluída. Em outras palavras, é como comprar um sonho no papel, que se transforma em realidade meses ou anos depois.
👉 Se você ainda está em dúvida entre alugar ou financiar um imóvel, confira este checklist completo que preparamos para ajudar na sua decisão.
Vantagens de comprar um imóvel na planta
- Preço geralmente mais baixo: o valor costuma ser menor do que o de imóveis prontos.
- Valorização durante a obra: quando você receber as chaves, o apartamento pode já valer mais do que pagou. Existem investidores que se dedicam a comprar imóveis na planta e revendê-los no momento de entrega, alguns citam ganhos de 20% (é claro que isso é para quem se dedica e conhece o tema no detalhe… se você é novo nesse mercado, não recomendamos).
- Facilidade de pagamento: entrada e parcelas durante a obra são mais suaves; só no fim vem o financiamento do saldo devedor. É quase um “tempo extra” para organizar as finanças.
- Preço geralmente mais baixo: o valor costuma ser menor do que o de imóveis prontos.
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- Apartamento novo: entrega com garantia da construtora e, em muitos casos, possibilidade de escolher acabamentos.
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Riscos de comprar um imóvel na planta
- Atraso na entrega: mesmo com prazo contratual e tolerância legal de até 180 dias (Lei do Distrato), não é raro a obra demorar mais.
- Correção das parcelas: durante a obra, valores são reajustados por índices como o INCC, o que pode pesar no bolso. Entre a fase de finalização e a entrega das chaves, os reajustes passam a ser regidos pelo IGP-M. Já a TR é usada para definir os reajustes a partir da entrega de chaves. Veja a seguir a variação do INCC nos últimos 12 meses:


- Diferenças no produto final: o imóvel entregue pode ter detalhes diferentes do prometido no decorado.
- Saúde financeira da construtora: esse sempre foi um dos maiores temores de quem compra na planta. Afinal, se a empresa enfrenta dificuldades ou até falir, os compradores podem ter problemas.
- Para reduzir esse risco, existe uma proteção chamada patrimônio de afetação, prevista na Lei nº 10.931/2004. Nesse regime, os recursos de cada obra ficam separados das demais contas da construtora e só podem ser usados para aquele empreendimento. Isso reduz bastante a chance de o comprador perder o dinheiro investido caso a empresa tenha problemas em outros projetos. Mesmo assim, é fundamental verificar se o contrato prevê esse regime e pesquisar a reputação da construtora antes de assinar.
👉 Antes de fechar negócio, é importante também conhecer os custos escondidos na compra e na construção de imóveis, que muitas vezes passam despercebidos e podem impactar bastante o orçamento.
Então, vale a pena ou não?
A resposta depende do seu perfil. Se você tem pressa para se mudar ou não gosta de incertezas, pode ser melhor comprar um imóvel pronto. Já se o seu objetivo é planejamento de longo prazo, você tem uma reserva financeira e confia na construtora, comprar na planta pode ser uma boa jogada.
Dicas rápidas para não errar
- Pesquise a reputação da construtora: histórico de entregas, Reclame Aqui, Procon e cartório.
- Leia o contrato com atenção: verifique índices de correção, prazos e cláusulas de rescisão.
- Guarde todos os documentos: registros que foram disponibilizados durante o processo de venda: flyers, anúncio de jornal, e-mails trocados, mensagens de whatsapp, tudo isso vai te proteger se alguma coisa sair do combinado ou do que foi vendido para você
- Consulte um advogado especializado: um profissional em direito imobiliário pode identificar cláusulas abusivas ou pegadinhas.
- Exija o Memorial Descritivo: documento que detalha materiais, acabamentos e metragem.
- Informe-se sobre taxas extras: ITBI, escritura, registro.
- Tenha uma reserva para imprevistos: atrasos e custos adicionais podem acontecer.
Conclusão
Comprar um imóvel na planta pode ser um bom negócio, desde que você esteja ciente dos riscos e se prepare bem. Mais do que escolher onde investir, o segredo está em como planejar essa decisão. Com pesquisa, reserva financeira e atenção ao contrato, você transforma a compra de um sonho no papel em uma conquista segura no futuro.
👉 E se o seu interesse vai além da moradia e envolve investimento, vale conferir nosso conteúdo sobre as vantagens e desvantagens de investir em imóveis.
Fontes
SP Imóvel. “Imóveis na planta: vantagens e riscos”. Disponível em: https://www.spimovel.com.br/blog/imoveis-na-planta-vantagens-e-riscos/3790/
Imóveis PRO. “Vale a pena comprar imóvel na planta?”. Disponível em: https://www.imoveispro.com.br/blog/vale-a-pena-comprar-imovel-na-planta/
Papo Imobiliário. “Vantagens e desvantagens de se comprar um imóvel na planta”. Disponível em: https://www.papoimobiliario.com/vantagens-e-desvantagens-de-se-comprar-um-imovel-na-planta/
UOL Economia (2023). “Imóvel na planta vale a pena? Veja vantagens e desvantagens”. Disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/20/imovel-na-planta-vale-a-pena-veja-vantagens-e-desvantagens.htm


Por João Victorino
João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais com ampla experiência no mundo corporativo, liderando unidades de negócios, equipes e transformado estratégia em prática por todas as empresas em que trabalhou. Liderou grandes negociações com instituições financeiras de grande porte, com impacto de bilhões de reais em faturamento e receita.
Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA – USP, professor de MBA do IBMEC, colunista da Investing.com, entre outras atividades.
Empreendeu em várias empresas como investidor, em paralelo com a vida executiva, e aprendeu com sucessos e fracassos nesse segmento.
Entendeu e aplicou a importância de ter equilíbrio financeiro ao longo de mais de 30 anos de investimentos em vários setores, com amplo sucesso. Fez 1 milhão de reais de patrimônio antes dos 30 anos de idade, e hoje divide esses aprendizados.
Para isso, criou e lidera a iniciativa A hora do dinheiro, com uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
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