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O dilema da educação financeira para as pessoas de baixa renda

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emil kalibradov / unsplash

 

Resumo – Algumas pessoas críticas à popularização da expressão “educação financeira” argumentam que esta ação não seria capaz de resolver todos os problemas estruturais do país. Nós também concordamos com esta ideia. Mas o que defendemos é que uma boa relação com suas finanças pode ser uma ferramenta chave para a melhora de seu padrão de vida, dando mais confoto e segurança às pessoas mais importantes para você.

 

A educação financeira e seus limites

 

Em uma reunião que tive com um grupo, dialogando sobre finanças pessoais, fui questionado sobre a validade de discutir ou ensinar educação financeira para pessoas que têm recursos muito limitados e que passam grandes dificuldades para pagar suas contas, sendo a sobrevivência financeira uma luta diária.

A questão tinha a ver com os conceitos que a educação financeira traz de controlar suas despesas e receitas e de fazer uma reserva de emergência. O questionamento se baseava na premissa de que temos toda a capacidade de conseguir buscar nossos objetivos e que, portanto, só cabe a cada um de nós o sucesso nessa empreitada. Que com esforço e dedicação, todos poderíamos chegar aos nossos objetivos.

A pessoa que fazia o comentário destacava um certo desconforto que poderia ser sentido por esse grupo, especialmente de pessoas com poucos recursos. A ideia, trazida por ela, é de que essas pessoas poderiam se sentir como “perdedoras” ou como fracassadas nesse objetivo, que a culpa pelo insucesso seria delas, já que em tese “todos podem”.

A questão maior parece ser a dúvida de que a educação seja efetiva para todas as situações financeiras, com grande discussão em relação aos que têm menos recursos. Fui questionado se essas pessoas não deveriam ganhar um “empurrãozinho”.

A educação financeira realmente pode ter resultados diferentes nos diferentes grupos, pessoas e situações. Poderá ser realmente mais efetivo e trazer resultados diferentes, a depender do momento da pessoa que a usa: uns mais rápido, outros mais devagar.

Uns receberão a orientação de criar um controle financeiro qualquer e sairão logo para desenvolver seu modelo. Outros precisarão pensar, discutir e, talvez, de alguma ajuda. A dinâmica de vida de cada pessoa faz com que as alternativas de resultados possíveis sejam muitas.

 

Não é fácil, mas é recompensador

 

Cito o exemplo do controle financeiro, ou planejamento financeiro, porque estou convencido da força e da validade dele para qualquer público e qualquer pessoa. Ele será sua bússola na tempestade financeira que sabemos que enfrentamos no dia a dia. Nada é fácil, mas será mais difícil ainda se você não tiver controle algum.

As pessoas que passam por grandes limitações de recursos e com muitas dívidas, sonham em sair disso (quando conseguem dormir, porque muitas das vezes não dormem, perdem o sono e a qualidade de vida). Sei disso, já aconteceu comigo e consegui achar as forças para vencer o desafio, contarei essa história em outro texto.

Mesmo que o momento seja difícil, de muitas dúvidas e ansiedades, buscar informação e orientação é fundamental para achar um caminho: a luz no fim do túnel não aparece sozinha, é necessário ir atrás.

Quanto mais pessoas aprenderem sobre preparar um controle de entradas e saídas de recursos, como gastar os recursos melhor, como sair das dívidas (sim, existe saída para as dívidas, acredite), como esticar o dinheiro e começar a guardar, melhor será a saúde das pessoas (mental e física) e mais liberdade as pessoas poderão pensar em ter. Quanto mais pessoas forem aprendendo sobre educação financeira, melhor será a saúde financeira das famílias. Assim chegamos à tão sonhada liberdade financeira.

 

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