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Por que o censo demográfico de IBGE é tão importante?

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Imagem: Goodstudio / shutterstock
Resumo: Nós só podemos mudar aquilo que é de nosso conhecimento. Ter clareza sobre o caminho a ser traçado é fundamental quando se trata de um país com dimensões continentais como o nosso. Por esse motivo, é essencial que o Brasil tenha órgãos confiáveis para coleta e apresentação de dados sobre a nossa população, para que assim a gente consiga abordar as questões com mais eficiência.
 
 

A importância do acesso a dados de qualidade

 
Imagine que você tenha uma empresa, recém criada, no ramo de vestuário e queira receber informações valiosas capazes de indicar as preferências de consumo e o perfil médio de seus clientes, como, por exemplo, faixa etária, peso, tamanho, nível de escolaridade, renda média, influências culturais, histórico de consumo, hábitos esportivos, status de relacionamentos, entre tantas outras disponíveis.
 
Quem já está há um certo tempo no mundo digital sabe que é possível coletar esses dados com uma enorme facilidade. O comércio desse tipo de informação tornou-se onipresente, sendo extremamente robusto e confiável (para as empresas), e afeta diretamente o modelo de negócios das mídias tradicionais, como o caso da televisão aberta.
 
Com esses dados – obtidos por meio de serviços de consultoria e por campanhas patrocinadas nas redes sociais – é possível traçar as melhores estratégias de vendas para cada empresa e, assim, aumentar a eficiência na escolha dos produtos da estação, direcionando as campanhas de divulgação para os públicos-alvo com maior potencial de aceitação.
 
Deste modo, custos são reduzidos, e margens de lucro são garantidas, tudo isso pela escolha certa do produto.
 
 

Para que serve o censo demográfico do IBGE?

 
Nesse mesmo sentido, o Estado Brasileiro, por meio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realiza um serviço semelhante ao que foi acima descrito.
 
Recebendo o nome de censo demográfico (ou recenseamento), esse mecanismo de contagem populacional (que acontece desde a época de D. Pedro), foi adquirindo novas ferramentas de coleta de dados, permitindo uma evolução na forma de análise das informações obtidas.
 
Essas informações, uma vez compiladas, tornam-se a principal fonte de referência para que os formuladores de políticas públicas conheçam as condições de vida da população brasileira. Assim, é possível direcionar esforços e recursos para atendimento às necessidades específicas de cada grupo populacional.
 
 

Como ele é realizado?

 
Os agentes do IBGE, também chamados de recenseadores, são contratados temporariamente, por meio de concursos públicos, e fazem visitas aos municípios brasileiros, realizando uma série de perguntas pré-estabelecidas para os moradores, com o objetivo de manter a validade da amostra estatística em todo o país.
 
Com questões mais amplas que uma simples contagem de pessoas, busca-se conhecer também:
 
  • Características dos domicílios
  • Identificação étnico-racial
  • Nupcialidade (número de casamentos)
  • Núcleo familiar
  • Fecundidade
  • Religião ou culto
  • Deficiência
  • Migração interna ou internacional
  • Nível Educacional
  • Deslocamento para estudo, trabalho e rendimento
  • Mortalidade.
 
Estas informações, depois de serem coletadas pelos agentes do IBGE em todo o país, são agrupadas em bases de dados e transformadas em arquivos, como planilhas, tabelas, gráficos, com livre acesso para toda a população.
Existem dois tipos de questionários nesse levantamento: o básico e o de amostra. O primeiro conta com 26 questões, enquanto o segundo (que é aplicado em 11% dos domicílios visitados) é constituído de 77 perguntas, portanto, mais detalhado.
 
 

Histórico e curiosidades

 
O primeiro recenseamento da população brasileira ocorreu no ano de 1808, com finalidade estritamente militar, isto é, para saber quantos soldados em potencial nós tínhamos à época.
 
Por este motivo, acredita-se que o levantamento não tenha conseguido formar um retrato digno da base demográfica daquele período, pelo claro motivo de que muitos não estavam dispostos a serem convocados para o Exército.
 
Dessa forma, em 1872, foi realizado o Censo Geral do Império, considerado o primeiro realizado no país para efeitos de registro histórico. Com maior aceitação da população, controle estatístico e confiabilidade.
 
Em 1940, com a reformulação da estrutura dos serviços de coleta de dados no país, o Conselho Nacional de Estatística (CNE) e o Conselho Nacional de Geografia (CNG) passaram a integrar o IBGE. Assim, o Instituto realizou o V Recenseamento Geral do Brasil.
 
Desde então, criou-se a tradição de se realizar o recenseamento a cada 10 anos, com exceção dos anos de 1910 e 1930, em que o levantamento foi suspenso.
 
 

Fontes

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