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Se é para ter alguma dívida, que ela seja boa.

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Rus S / shutterstock

 

ResumoSerá que existe algum tipo de dívida que seja boa? Um compromisso que nos ajude a melhorar nosso padrão de vida, ao invés de nos sufocar e nos prender em uma obrigação por anos, ou mesmo décadas? Neste breve texto, você vai ver que existem situações mais e menos adequadas para definir se você deve ou não contrair uma dívida.

 

Uma boa vida financeira

 

Muitas pessoas têm o desejo de ter uma boa vida financeira, e o significado disso é bem relativo: cada um e cada uma terá um conceito diferente sobre o que é uma boa vida financeira. Pode ser que algumas pessoas estejam satisfeitas em ter as contas em dia, e só. Outras, por sua vez, talvez queiram investir e, ainda, podem haver pessoas que também queiram ter uma reserva de emergênci grande o suficiente para dormirem tranquilas.

Um conceito que é quase uma unanimidade entre os especialistas em finanças é que você deve evitar ter dívidas, que o melhor caminho é estar completamente livre de credores. Mas vamos falar a verdade: pensando na maioria das pessoas, isso é possível? Será que conseguimos mesmo não ter dívida nenhuma?

Para conseguir isso, precisamos de um controle financeiro super disciplinado desde sempre, de uma renda suficiente para atender a todas as nossas necessidades e que, a cada novo desejo ou meta, nossa renda aumente para atender isso. Queremos aqui ajudar você a chegar lá.

 

Como eu faço para “chegar lá“?

 

Mas sabemos também que “chegar lá” é um processo, que tem várias fases e que depende de muita coisa acontecer, algumas que estão fora do seu controle. E eventualmente, teremos que enfrentar algumas dívidas ao longo dessa jornada.

É muito difícil, para não dizer quase impossível, adquirir um imóvel à vista, por exemplo. Estamos falando de pessoas normais como eu e você, não da minoria privilegiada que têm dinheiro sobrando.

Nesse ponto, gostaríamos de diferenciar a dívida boa da dívida ruim. O conceito é bastante simples e está relacionado com o nosso desejo de te ajudar a ser independente financeiramente, não ser uma vítima das armadilhas do consumo descontrolado e inconsequente e saber exatamente o quanto vale o seu suado dinheiro, e que, portanto, deve ser muito bem cuidado.

 

O que são “dívidas boas”?

 

As dívidas boas são aquelas que ajudarão você a realizar um projeto que aumente o seu patrimônio, que possibilite pagar por algo durante um tempo limitado, que vai ajudar a aumentar sua riqueza ou de sua família, ou que livre você de uma situação emergencial – quando você não tem uma reserva de emergência para te salvar.

São dívidas muito específicas e que demandam um tempo de sua parte para avaliar os valores envolvidos, os custos que você vai pagar, ou o que você vai precisar deixar de lado no futuro para conseguir assumir o valor das parcelas do pagamento. Também podem ser aquelas dívidas direcionadas a projetos de vida muito importantes: a compra de um imóvel, por exemplo, é um tipo de dívida boa.

A dívida é boa porque vai aumentar seu patrimônio, vai reduzir seu custo se você deixar de pagar aluguel, pode aumentar a sua felicidade e da família. Comprar carro financiado é uma dívida boa também? A resposta é: depende.

Se você está trocando de carro porque seu carro atual está com muitos problemas mecânicos, se ele já deixou você na mão porque está com problemas e o custo de juros que você vai pagar no financiamento do novo, além de todos os outros custos que você terá a mais (com seguros, impostos, etc.) for inferior ao que você está gastando no carro atual (incluindo as despesas de oficina), será uma dívida boa, sim (avalie as melhores taxas de financiamento sempre – não economize tempo nessa tarefa).

 

O que são “dívidas ruins”?

 

Por outro lado, se você está trocando de carro mais por impulso do que por necessidade, isso é uma dívida ruim. Lembre-se: as empresas querem que você consuma o que elas têm para te oferecer (quanto mais, melhor – para elas), e não estão preocupadas com sua saúde financeira, isso não é problema delas… é seu.

Em relação à compra de carro, quero que você pense um pouco também sobre o seu uso. Muita gente tem carro que fica parado na garagem, que usa só nos fins de semana ou só uma ou duas vezes na semana.

Veja se não é a hora de tomar a decisão de vender o carro, aumentar seus investimentos, reforçar a reserva de emergência e passar a usar transporte público, andar a pé para os pequenos trechos perto de casa, usar a bicicleta para melhorar a sua saúde. Essa decisão pode ser muito boa para você e o nosso planeta vai agradecer a redução da emissão de CO2 (falaremos mais disso em outros textos).

Outras dívidas ruins são aquelas ligadas diretamente ao consumo não consciente. Roupas novas a serem pagas em 6, 10, 12 vezes parceladas, sapatos que são comprados porque estão muito baratos e a loja está parcelando no mesmo preço à vista, em 6 vezes… A dívida ruim é toda aquela que está aumentando seus compromissos no futuro, mesmo que pareça ser sem juros. Porque não existe almoço de graça, já ouviu esta expressão? Se a loja está parcelando é porque o custo do prazo de pagamento está “embutido no preço”.

Esse tipo de dívida não tem a ver com aumentar seu patrimônio, pelo contrário, por conta do risco de se enrolar nas contas, até reduz. E esse aumento de compromissos no futuro vai prejudicar sua capacidade de guardar dinheiro, pode desequilibrar muito suas contas e, se você perder o controle, talvez tenha que pedir mais dinheiro emprestado para refinanciar uma dívida grande… Aí fica bem complicado.

 

Conclusão

 

Espero que tenha ficado claro para você as diferenças entre esses dois tipos de dívida. Uma é boa porque pode melhorar sua vida financeira, sempre dependendo das condições; a outra pode “detonar” sua vida financeira. Fique de olho e decida-se pelo melhor para você, sempre!!

 

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