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Sete erros comuns que (quase) todo investidor comete

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Resumo – veja os sete erros mais comuns que investidores (iniciantes e experientes) podem cometer em qualquer momento de sua vida financeira

 

Todos sabemos o quanto é desafiador ter ótimos resultados nos seus investimentos.

Para os investidores comuns, pobres mortais como eu e você, o primeiro desafio é se achar no meio da quantidade imensa de informações que existem dentro da selva de conteúdos, além de saber o que buscar, onde buscar, quais fontes são confiáveis, quais não são, e por aí vai.

 

Uma necessidade constante

 

Além do desafio da busca e da filtragem da informação (que se mantém ao longo da jornada do investidor, já que novos produtos são lançados, novas regras são criadas o tempo todo), existe uma necessidade de atualização constante. 

Não basta saber disso apenas uma vez, e pronto. Você precisa saber muito, o tempo todo. 

Outra coisa que o investidor precisa saber é se conhecer: saber qual seu próprio perfil como investidor e que tipo de reação terá em relação ao que acontece no mercado (além dos motivos que levaram a essa reação), 

Assim, quem sabe, você possa se proteger de “mal-comportamentos financeiros” numa próxima vez.

 

Cuidado com o que você pensa 

 

Incluímos nessa história os famosos vieses comportamentais (erros cometidos ao nos deixarmos levar por automatismos, na tentativa de simplificar processos – ou tomar atalhos) para facilitar a tomada de decisão. 

Sempre queremos facilitar tudo, ao mesmo tempo e em todo lugar.

Além do desafio da busca de informação de qualidade, existem muitos outros que impactam o resultado final do investimento. 

Para ajudar você a pensar um pouco mais sobre o assunto, relacionamos os erros mais comuns que o investidor incorre na sua luta pelo resultado satisfatório. 

Você vai se ver em alguns deles. Em outros, talvez não. Mas não ache que eles não ocorrerão com você, pois a tentação de cair numa cilada comportamental é eterna.

 

1. Pressa

 

A pressa faz com que o investidor deixe de obter bons resultados por querer acelerar o atingimento de uma meta. 

Somos seres constantemente acelerados por um mundo que não espera tempo nenhum, não deixa as coisas amadurecerem e onde tudo é para ontem. 

Se tudo é para ontem, o resultado dos investimentos também é para ontem. No Brasil, somente 7% dos investidores em ações se mantêm nesse investimento entre 5 e 10 anos. Isso é muito pouco tempo. 

Ações são investimentos de longo prazo, onde o tempo mínimo de carregamento de posição deveria ser de 5 anos, para então começar a entender se a empresa é boa ou não. 

Ações de empresas são como o carvalho, levam tempo para crescer, ganhar forma, aumentar a copa e ficar muito anos dando sombra…

Se temos pressa para escolher os investimentos corretos, escolhemos errado. Não estudamos o tempo suficiente para conhecermos a fundo o que estamos fazendo. 

E caso aconteça algo de errado, já pulamos fora.

 

2. Moda

 

Esse é um irmão da pressa. O tempo todo os players do mercado (seus participantes) criam coisas novas e as empurram aos seus clientes. 

Lembra dos COEs? Nem sei se existem ainda. Lembra dos flats? Crypto? Pois é, em determinados momentos, tem o investimento da moda, assim como a roupa da moda, o sapato da moda, etc. 

Cuidado. Dinheiro não aceita desaforo. Se você ficar nos investimentos que você conhece e não sair atrás da “bola da vez”, você terá mais chances. 

A mídia ajuda nisso. Quantas vezes sai nos jornais o seguinte título: “a carteira do mês”, dando a mensagem ao investidor de que ele tem que mudar a carteira todos os meses… Está subentendido.

 

3. Falta de Conhecimento

 

O investidor não estuda o suficiente para entender o que está fazendo. Fica somente atrás de dicas, como os “dez conselhos para ser feliz”, “o método campeão”, “a melhor filosofia”, etc. 

Meu amigo, minha amiga, não existe nada disso. Só existe você e o seu plano. E a qualidade do seu plano depende de seu conhecimento. 

E o conhecimento, por sua vez, depende de esforço e dedicação. Essas palavras você não ouve os influencers falarem. Não, para eles tudo é fácil. Não caia nessa. Vá estudar e dedique-se muito.

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4. Acreditar muito nos agentes do mercado

 

Agentes do mercado são todos os particpantes que se remuneram da sua participação no mercado. Vivem do seu dinheiro. 

Não importa como são pagos (se por comissão, se por rebate, por salário). Todos dependem de você e, muitas vezes, o interesse deles é diferente do seu. 

O famoso Conflito de Interesses. Parece que ele quer a melhor opção para você, mas na realidade ele vai te oferecer a opção mais rentável para ele e para a instituição a que ele está vinculado. 

Todos são assim? Não. Quais não o são? Você vai precisar descobrir, e não existe manual para isso…

 

5. Influência dos amigos e parentes

 

Essa é muito comum. Os amigos falam dos seus investimentos e dizem que estão ganhando muito dinheiro, que estão indo bem demais, que acertaram a mão, etc 

E você fica pedindo uma ajuda para indicar as boas escolhas no mercado. “Me manda aquela dica boa”.

É claro que temos bons amigos e parentes que querem o nosso bem. É claro, quem gosta realmente de nós não vai nos sacanear. Mas eles não sabem tudo da sua realidade, ou eles mesmos não avaliaram tão bem assim onde colocaram seu dinheiro e, lá na frente, podem se arrepender. 

Aqui, a ideia é a seguinte: assuma o controle e avalie muito bem todas as opções. Aceite dicas, mas as avalie bem, do modo que é melhor para você. 

Existe um termo em inglês – FOMO – fear of missing out, que quer dizer aquela ansiedade por ver os outros ganhando dinheiro, particpando de algo lucrativo, e você de fora.

E aí, para entrar na onda do momento, você baixa a guarda e deixa de avaliar pontos importantes desse negócio, que vão te custar caro mais tarde. 

Tenham prudência, meus caros. Não tenham pressa e sempre avaliem muito bem onde estão colocando seus pés…

 

6. Expectativa de rentabilidade muito alta

 

A pessoa abre mão de avaliar os riscos adequadamente e se expõe demais por ambicionar muito. 

Esse é o erro responsável por levar milhares de pessoas a perder dinheiro em pirâmides financeiras e promessas de ganhos rápidos e fáceis.

Ajuste suas expectativas. Como diz o ditado popular: 

“Quando a esmola é grande, o Santo desconfia”.

 

7. Não diversificar seus investimentos 

 

Essa prática (ou melhor, a falta dela) acaba também aumentando o risco global de sua carteira de investimentos.

Não dê o famoso all in, isso é um erro grave. Não coloque todo os ovos na mesma cesta. 

Procure deixar o fruto de seu trabalho suado em investimentos com riscos devidamente equilibrados.

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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