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Entenda a diferença entre política monetária, fiscal e cambial

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Resumo – Entenda, de uma vez por todas, as diferenças entre estes conceitos importantíssimos,encontrados no noticiário econômico com bastante frequência, de modo simplificado

 

Se você acompanha nossos conteúdos no portal ahoradodinheiro há mais tempo, certamente já sabe que nos dedicamos a explicar e divulgar o conhecimento em finanças pessoais para os 4 cantos do país. Buscando isenção, independência e inclusão de mais pessoas no assunto

Esperamos que cada vez mais instituições publicas e privadas possam ajudar nessa tarefa,assim como as pessoas também precisam realmente querer aprender (e colocar em prática) conceitos que serão proveitosos para suas vidas.

Diante disso, uma das formas principais de se aumentar a familiaridade de uma pessoa comum com termos específicos da área é através da leitura de jornais e periódicos. 

Por esse motivo, pensando em ajudar a diminuir as dúvidas que possam surgir nesse caminho e acelerar a sua curva de aprendizado, resolvemos colocar, abaixo, três conceitos fundamentais para a compreensão do que está sendo debatido por nossos representantes políticos.

São eles:

  • Política monetária
  • Política fiscal
  • Política cambial

 

Política Monetária

 

A primeira diz respeito à condução do nível da taxa de juros no país. 

Ela é administrada pela autoridade monetária do Brasil (o Banco Central). A política monetária determina o custo do dinheiro ao longo do tempo (juros) – principalmente com os juros de curto prazo (representados pela taxa Selic).

A condução da política monetária possui um papel extremamente importante na economia do país, uma vez que ela impacta diretamente o custo de capital (captação de recursos para operações de crédito e financiamentos para novos empreendimentos), assim como o custo da dívida das empresas.

Em um segundo plano, essa variável também influencia diretamente o preço das ações das empresas. Veja, se os juros estão altos (ou há expectativas de alta das taxas de juros), a tendência é que os preços das ações caiam. E o inverso também acontece.

 

Veja também: o que move o preço das ações ?

 

Nesse sentido, a principal variável que atua sobre as expectativas da taxa de juros, nesse caso, é a inflação.

Assim, quanto maior for a inflação, o remédio mais utilizado pelos governos costuma ser aumentar a taxa de juros. Ou seja, a saida acaba sendo diminuir a demanda (ou consumo) – claro que o efeito disso nao é bom para as pessoas.

Trata-se de um remédio que deve ser bem dosado para nao prejudicar mais que ajudar.

Também, como consequência, juros maiores acarretam um maior custo da dívida da União, o que, por sua vez, dificulta que o país consiga manter superávit em seus exercícios.

Consegue perceber que uma política está intimamente relacionada ao andamento das demais?

 

Política Fiscal

 

Esta, por sua vez, trata da arrecadação de impostos e da forma como estes são gastos pelo Estado (governo).

Com isso em mente, se a administração governamental está comprometida a manter seu orçamento equilibrado, seus gastos (muito provavelmente) não vão ultrapassar o volume arrecadado.

O cenário acima descrito é benéfico para o país, uma vez que este passa a ser visto como um agente capaz de cumprir suas obrigações financeiras com seus credores (quem empresta dinheiro), contribuindo para que consiga pegar novos empréstimos com juros mais baratos.

Por outro lado, caso o país não consiga manter seu orçamento balanceado, apresentando gastos muito superiores à quantia arrecadada, a tendência é que apareçam cada vez menos pessoas e entidades interessadas em emprestar dinheiro a este Estado, uma vez que o estdo superendividado pode deixar de pagar em algum momento, igual uma pessoa superendividada.

Como consequência, este país precisará pagar juros cada vez mais altos para encontrar credores dispostos a aceitar o risco de calote em uma operação de empréstimo.

Por estes motivos, é preciso que um governo conduza com muito profissionalismo a sua política fiscal, uma vez que ela é uma ferramenta que pode contribuir para manter indicadores chave da economia (juros, inflação e câmbio) em patamares que permitam o desenvolvimento saudável da economia.

 

Política Cambial

 

Por último, a política cambial vai se preocupar com os preços relativos de uma moeda nacional em relação a seus pares estrangeiros. 

Em outras palavras: é a política cambial que determina o modelo de taxa de câmbio adotada no país.

É através da política cambial que um país organiza seu balanço de pagamentos (diferença entre entradas e saídas de recursos de um país ao exterior ao longo de um período).

Quando a entrada de moeda estrangeira em um país (via exportação de produtos e serviços) é maior que a saída (por meio de importações), a tendência é que a moeda estrangeira se desvalorize, visto que haverá uma oferta maior deste recurso.

O inverso também pode acontecer, valorizando a moeda estrangeira dentro da economia local.

Pensando nisso, os bancos centrais possuem instrumentos para diminuir as oscilações bruscas de valor do câmbio, que tendem a ser prejudiciais para a economia.

Nesse sentido, os principais mecanismos de atuação na taxa de câmbio são:

  • Câmbio flutuante: os preços da moeda nacional se alteram de acordo com condições de oferta e procura deste papel.
  • Câmbio fixo: há intervenção do governo para que o preço da moeda permaneça inalterado, principalmente com uso de reservas acumuladas no passado, ou com emissão de dívida.

Atualmente, a maioria dos países adota um regime de câmbio flutuante, podendo atuar, pontualmente, em ocasiões extremamente e muito voláteis, com o objetivo de manter certa estabilidade nas oscilações de preços.

 

Conclusão 

 

Como vimos, qualquer uma dessas três políticas desempenham papel crucial no desenvolvimento e manutenção de condições de crescimento de uma economia.

Se mal administradas, podem levar um país à ruína.

Por outro lado, se forem bem cuidadas ao longo do tempo, podem fornecer um padrão de vida bastante confortável à população.

Este foi mais um conteúdo gratuito da iniciativa ahoradodinheiro para você.

Ficaram dúvidas? Estamos à disposição para ajudar

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Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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