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Os sete sábios da Grécia ensinam finanças para você – Sólon de Atenas – parte IV

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Solon - Public Domain

Resumo A nossa série sobre os Sete sábios da Grécia Antiga continua, e hoje ela aborda algumas frases mais conhecidas do filósofo Sólon de Atenas – que também podem ser aplicadas na nossa vida financeira.

 

Sólon é o quarto sábio de Atenas que trazemos em nossa série sobre os sete sábios da Grécia Antiga.

A intenção desta série de textos sobre filósofos da Grécia Antiga é promover ensinamentos que podem levar a uma compreensão mais abrangente de determinados aspectos da vida (inclusive do ponto de vista financeiro).

Além disso, a proposta é permitir uma reflexão crítica sobre a existência à sua volta, além de possibilitar a busca de racionalidade e de “pé no chão” para tomar decisões com mais qualidade.

 

Sólon de Atenas

 

Sólon de Atenas nasceu na capital da Grécia em 638 A.C. (na época, a Grécia não tinha uma capital – existiam somente as cidades-estado).

Ele integrava uma família muito importante – fazia parte da aristocracia grega – ou seja, ele era do grupo que realmente mandava na cidade. 

Esse grupo tinha privilégios em uma sociedade que, à luz da época, era bastante evoluída. 

Porém, se formos compará-la aos dias de hoje, seria uma sociedade muito atrasada em termos de conceitos de igualdade, principalmente.

 

O legado de Sólon

 

Sólon foi estadista, legislador e poeta grego.Também era um homem de negócios de muito sucesso, que conseguiu reerguer a riqueza da família, a qual havia sofrido com graves crises financeiras (é isso mesmo, já naquela época existiam crises financeiras). 

Ele foi um comerciante de mão cheia, como dizemos hoje.

Os primeiros feitos de Sólon que merecem registro dizem respeito a sua participação como legislador e a sua atuação em favor das reformas que aumentaram a participação das pessoas comuns nas decisões das assembleias.

Também foi Sólon que tratou de melhorar a situação dos escravos e reformou o sistema de pesos e medidas usado à época.

Suas lutas contra os direitos e privilégios da aristocracia o colocaram em situação muito difícil e o obrigaram a partir para o exílio e deixar Atenas.

 

Ensinamentos de Sólon

 

“Aprende a governar a ti mesmo, antes de querer governar os outros”

Ótima reflexão em tempos de mídias sociais, onde acontece muito barulho e pouca informação de valor realmente aparece. 

Com certeza, a formação de cada pessoa para cuidar de suas finanças deve vir antes de tentar dar pitaco na vida financeira alheia.

 

“Um homem rico sem sorte é mais capaz de satisfazer seus desejos e de escapar dos desastres quando aparecem, mas um homem de sorte é melhor do que ele. Este é o único que merece ser descrito como feliz. Mas até que ele seja morto, é melhor abster-se de chamá-lo de homem feliz. Devemos chamá-lo apenas de sortudo.”

Sólon, aqui, defende que uma vida boa só é definida ao fim dela. Antes disso, uma série de coisas podem acontecer e, muitas vezes, acontecem, o que pode colocar toda a felicidade até aqui encontrada em miséria.

O filósofo traz uma reflexão que pode muito bem ser entendida como “faça do seu momento o melhor possível”. 

Enfim, busque o seu melhor todos os dias. Faça, desses momentos, ocasiões de atuação inteira, concentrado no agora. “Não temos futuro, e só.”

O passado não vai nos salvar, a não ser que a vida de valor seja criada todos os dias.

 

“Não destruas o que não fizeste”

Sólon lembra que o homem cria sua riqueza, desde que sentimentos redutores de sua capacidade de produzir coisas não sejam encorajados pela inveja. 

A busca da felicidade na vida (e aí incluímos a felicidade financeira) não deve dar espaço a distrações, como esses sentimentos menores (inveja, raiva, fofoca).

 

“Envelheço sempre aprendendo coisas”

O ato de buscar conhecimento é para sempre. 

Amar a sabedoria e a busca dela: isso não tem fim. Deve acontecer todos os dias em nossa vida (desde que criemos as condições para isso e que seja do nosso gosto).

 

“Não tenhas pressa em fazer novos amigos e nem em abandonar aqueles que já tens”

Ensinamento sensacional. É preciso pensar bem antes de se destruir uma verdadeira amizade

Devemos ter a paciência e capacidade de perdoar os defeitos e as falhas de nossos amigos, porque, afinal, somos humanos. 

Avalie bem, e veja se a pessoa não merece mais uma chance. 

E amigos novos, devemos estar de olho o tempo todo.

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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