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Entenda a diferença entre a previdência PGBL e VGBL

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Dreamstime - Aaron Amat

Resumo  Veja as principais diferenças entre as previdências do formato PGBL e VGBL no Brasil, além dos principais pontos a analisar em um fundo de previdência.

 

Antes de mergulharmos nos detalhes de como funcionam os fundos PGBL e VGBL, é crucial destacar a importância de uma análise criteriosa na escolha de qualquer plano de previdência privada. 

A decisão de investir em um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) ou Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) não deve ser tomada de modo desatento. 

Como em qualquer decisão financeira significativa, a atenção a detalhes cruciais, como histórico, reputação do gestor, taxa de administração e performance, é essencial. 

A seguir, vamos explorar, especificamente, como funcionam os Fundos PGBL e VGBL, fornecendo informações valiosas para embasar sua decisão de investimento. 

 

Como Funciona o Fundo PGBL

 

O Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é uma modalidade de previdência privada que funciona da seguinte maneira:

Contribuição com Dedução no IR: Os valores investidos em um PGBL podem ser deduzidos do Imposto de Renda anual, desde que o contribuinte utilize o modelo completo de declaração. Essa dedução é limitada a 12% da renda bruta anual tributável.

Tributação na Saída: Ao resgatar os valores acumulados no PGBL, o imposto incide sobre o montante total investido, incluindo os rendimentos. A alíquota é a mesma do IR e pode variar de acordo com o tempo de contribuição.

Indicado para quem Declara IR no Modelo Completo: O PGBL é mais indicado para pessoas que declaram Imposto de Renda no modelo completo e desejam reduzir a base de cálculo do IR.

 

Como Funciona o Fundo VGBL

 

O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é outra modalidade de previdência privada e funciona de maneira diferente do PGBL:

Tributação na Saída: No VGBL, não há dedução do Imposto de Renda na contribuição. A vantagem está na tributação no momento do resgate, que incide apenas sobre os rendimentos, não sobre o valor total investido.

Indicado para quem Declara IR no Modelo Simplificado: O VGBL é mais apropriado para quem declara Imposto de Renda no modelo simplificado, pois não permite deduções fiscais na contribuição.

Opção de Isenção de IR no Resgate: Caso o investidor tenha acumulado até o limite de R$ 35.000,00 em seu VGBL, o resgate pode ser isento de Imposto de Renda.

Ambas as modalidades de previdência privada oferecem benefícios de planejamento financeiro a longo prazo, mas a escolha entre PGBL e VGBL depende da situação fiscal e dos objetivos individuais de cada investidor.

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Qual é o mais indicado para cada caso?

 

A principal distinção entre os dois é que o PGBL é taxado, no Imposto de Renda, a partir do montante total acumulado (capital investido + ganhos). Por outro lado, o VGBL é taxado no imposto apenas sobre os ganhos.

Um ponto crucial a ser explorado com o investidor é o horizonte de tempo que ele planeja permanecer no plano de previdência. 

Em períodos mais longos, o PGBL frequentemente apresenta vantagens superiores. Por sua vez, o VGBL geralmente se mostra mais benéfico em prazos mais curtos.

 

Resumidamente:

 

  • PGBL: Imposto de Renda sobre capital investido + rendimento, dedução de até 12% da renda bruta anual – vantagens notáveis de rentabilidade em prazos mais extensos.

 

  • VGBL: Imposto de Renda exclusivamente sobre os ganhos, sem dedução na renda bruta, sendo mais vantajoso para prazos médios e curtos.

 

O que analisar antes de escolher uma dessas opções?

 

Antes de escolher um fundo de previdência privada, é essencial considerar alguns cuidados importantes. 

Além das vantagens mencionadas, é crucial observar o histórico, a reputação do gestor, a taxa de administração, a performance e outros fatores:

Histórico e Reputação: Analisar o histórico de desempenho do fundo e a reputação da instituição financeira por trás dele é fundamental. Fundos administrados por instituições sólidas e com bom histórico tendem a oferecer mais segurança.

Taxa de Administração: A taxa de administração é um custo que incide sobre o patrimônio do fundo. É importante verificar se essa taxa está alinhada com a média de mercado, pois taxas muito altas podem impactar negativamente os retornos ao longo do tempo.

Performance Passada: Embora a performance passada não seja garantia de resultados futuros, é relevante observar o histórico de rendimentos do fundo para avaliar sua consistência.

Objetivos e Perfil de Risco: Certifique-se de que o fundo escolhido esteja alinhado com seus objetivos financeiros e seu perfil de risco. Alguns fundos são mais conservadores, enquanto outros podem ser mais agressivos.

Diversificação: Verifique se o fundo oferece uma carteira de investimentos diversificada, o que pode ajudar a reduzir riscos.

Tendo conhecimento sobre as variáveis acima, fica muito mais fácil e seguro tomar uma decisão a respeito de onde deixar o dinheiro que você pretende destinar para a previdência privada.


Tributação prograssiva e regressiva

 

Tanto os modelos PGBL quanto os VGBL podem seguir tabelas progressivas ou regressivas de tributação.

No primeiro caso, o cálculo da alíquota (com base no valor investido) fica da seguinte maneira:

  • Até 22.847,76 – isento
  • De 22.847,77 até 33.919,80 – 7,5%
  • De 33.919,81 até 45.012,60 – 15%
  • De 45.012,61 até 55.976,16 – 22,5%
  • Acima de 55.979,16 – 27,5%

A tributação progressiva é uma forma de cobrança de imposto que cresce junto com o valor aplicado. Nesse regime de tributação, quanto maior for o montante que será resgatado, maior será a incidência da alíquota do Imposto de Renda.

Já a tabela regressiva funciona assim:

  • Até 2 anos: 35%
  • 2 a 4 anos: 30%
  • 4 a 6 anos: 25%
  • 6 a 8 anos: 20%
  • 8 a 10 anos: 15%
  • Acima de 10 anos: 10%

Nesse modelo, o valor da tributação diminuirá durante o tempo e, atingindo o período de 10 anos, a alíquota mínima passa a ser de 10%, o que pode ser bastante atrativo para quem pretende manter um plano de previdência no longo prazo.

 

Fontes

 

Previc

Susep

Por João Victorino

João Victorino é administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA - USP. Executivo em empresas multinacionais nas áreas de desenvolvimento de negócios, marketing e estratégia. Possui ampla experiência no empreendedorismo e hoje divide esses aprendizados. Para isso, o especialista criou e lidera o canal A hora do dinheiro , com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

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